10 tendências que irão influenciar os espaços de trabalho este ano
A transformação do imobiliário corporativo vai acelerar este ano como resposta ao desafio da transição para um novo normal que as empresas enfrentam. A conclusão é da sexta edição do estudo «Top 10 Global CRE Trends» da JLL.
O estudo identifica os pontos de viragem para o imobiliário corporativo em 2021, apontando caminhos para as empresas reinventarem as suas estratégias nesta área, face às mudanças estruturais que estão a ocorrer nas prioridades de negócio, bem como em resposta às desafiantes condições de operação e à volatilidade na economia.
Apontando as 10 principais tendências que irão influenciar o imobiliário corporativo (i.e., o imobiliário que dá
suporte às actividades das empresas), o estudo da JLL conclui ainda que as estratégias imobiliárias estarão no
topo das prioridades dos gestores, ao atribuir um papel crucial aos imóveis na hora de implementar novas
questões na área da saúde e bem-estar dos colaboradores, novos modelos de trabalho ou a descarbonização
do imobiliário.
São estas as 10 tendências para o imobiliário corporativo este ano:
1) Futuro híbrido – Trabalhar a partir de qualquer lugar irá impulsionar a dispersão da pegada ecológica e a transformação dos portfólios. O estudo revela que 50% dos colaboradores quer optar pelo modelo híbrido de trabalho, defendendo uma média de 2,4 dias por semana para o trabalho remoto.
Conclusão: Explorar a mobilidade advinda deste modelo híbrido de trabalho é uma forma de alcançar uma maior resiliência no futuro.
2) Espaço de trabalho mais humanizado – Os espaços de trabalho de próxima geração vão criar ambientes onde as pessoas prosperam e a performance melhora. Apesar da implementação do teletrabalho, o escritório continua a ser o local preferido para tarefas de cooperação, gestão, formação e até para a socialização. O espaço é, assim, visto como um facilitador do desempenho.
Conclusão: Melhorar o desempenho dos colaboradores passa por reimaginar o espaço de trabalho e criar ambientes positivos em colaboração com as áreas de RH e TI.
3) Imperativo da saúde – A saúde e bem-estar dos colaboradores serão cada vez mais centrais nas estratégias futuras e investimento em imobiliário corporativo. O estudo diz que 58% dos colaboradores dá prioridade a trabalhar em empresas que assegurem o seu bem-estar físico e mental.
Conclusão: É importante desenvolver um programa robusto de saúde e bem-estar para os colaboradores e abordar o impacto da atividade profissional na saúde mental e na fadiga.
4) Digital em primeiro lugar – A tecnologia permite tudo, sendo essencial para a empresa ter um ecossistema dinâmico e interligado entre parceiros e tecnologias. A rápida transformação digital significou passarmos a ter acesso a tudo, em qualquer momento, a partir de qualquer lugar, com qualquer equipamento ou qualquer app.
Conclusão: É crucial capitalizar o poder dos ecossistemas digitais para acelerar a transformação do trabalho, dos colaboradores e do espaço de trabalho.
5) Corrida para as zero emissões líquidas – O imobiliário corporativo será crítico para atingir as metas de zero emissões líquidas de carbono. O compromisso global para estas metas duplicou em menos de um ano. Abrange agora 22 regiões, 452 cidades, 1.101 empresas, 549 universidades e 45 dos maiores investidores. Recorde-se que 40% das emissões de gases de efeito de estufa provêm de edifícios (se não forem controlados, podem duplicar até 2050) e que os edifícios geram um terço do consumo de energia a nível global.
Conclusão: É crucial acelerar a adoção de estratégias de descarbonização nos portfólios de imobiliário corporativo e ao longo do ciclo de vida dos imóveis.
6) Imobiliário responsável – O compromisso para trazer uma mudança positiva através do imobiliário estará no topo da agenda das estratégias de imobiliário corporativo em 2021. Reimaginar um mundo melhor por via do ambiente construído.
Conclusão: É importante melhorar o ambiente construído para trazer uma mudança positiva e sustentável que incentive a saúde e a prosperidade das pessoas e do planeta.
7) Urbanização distribuída – A procura por um modelo urbano mais sustentável e resiliente irá resultar na mudança da lógica espacial das cidades. Evidencia-se a emergência de uma cidade policêntrica, mas altamente conectada.
Conclusão: Alinhar a estratégia de localização com a nova lógica espacial das cidades será uma forma de trazer sustentabilidade e resiliência para o portfólio de imobiliário.
8) Transformação Flex – O espaço de trabalho flexível será uma ferramenta estratégica central para dar agilidade aos portfólios no pós-Covid. O estudo mostra que 33% dos diretores de imobiliário corporativo das empresas antecipa que o uso de coworking/espaço flexível vai aumentar no pós-Covid, a par de uma inovação neste tipo de produto.
Conclusão: Integrar espaços flexíveis no portfólio imobiliário da empresa será uma forma de dar resposta às preferências de trabalho em mudança.
9) Métricas de futuro – Novas métricas e perspetivas serão a base para a melhoria dos portfólios com a monitorização de dados para agilizar o futuro do trabalho. Nos próximos três anos, 70% das métricas que as empresas adotarão serão não-tradicionais, estando centradas no desempenho humano, no portfólio e no imobiliário responsável.
Conclusão: Construir uma cultura orientada para a monitorização através de métricas permitirá tomar decisões baseadas em dados em tempo real.
10) Resiliência – A transformação constante requererá uma resiliência constante, sendo adaptável, ágil e
responsável. Conclui o estudo que 42% dos colaboradores diz que a sua empresa quer promover uma empresa
resiliente, apta a inovar e adaptar-se a crises futuras.
Conclusão: Integrar um elevado nível de elasticidade na estratégia de imobiliário corporativo permitirá adaptar
a empresa às constantes mudanças na procura.