Reflectir a Educação, um pilar da sociedade: a resposta a um mercado exigente

Por António Saraiva, Business Development Manager na ISQ Academy

O maior contributo para a sociedade, em geral, é investir nas pessoas! Com a preocupação de alinhar uma visão global a uma visão de negócio de valor acrescentado. Com rigor e qualidade e níveis de relacionamento assentes numa comunicação robusta e credível. Sem esquecer a responsabilidade Social, os valores, a ética!

Identificarem-se e analisarem-se as megatendências do mercado – mudanças demográficas, mudanças no poder económico mundial, aceleração da urbanização, a escassez de recursos e mudanças climáticas e os avanços tecnológicos, é prepararmos profissionais para se enquadrarem numa nova realidade, numa lógica de liderança ao nível das atitudes, competências e soluções.

E será que temos uma insípida formação profissionalizante para respondermos ao que o mundo nos pede hoje? Será que está em consonância com a realidade do nosso tecido empresarial? Ou será que há um caminho longo para percorrer entre o que a escola (universidade incluída) oferece e o que o mercado necessita? E mesmo no diálogo que existe, investe-se mais no parecer ou no ser? Ou seja, muita actividade, muitos eventos de emprego (que o online tem exponenciado), representam uma montra da vida é bela, ou a realidade? Mas será que estamos a propor aos nossos jovens o que devemos? E será que é o que querem?

Educação não pode ser uma palavra vã na sociedade dos nossos dias. É o começo, mas igualmente continuidade. Durante alguns anos escreveu-se muito sobre a Educação ao Longo da Vida, mas nunca este epíteto se aplicou tanto como agora. A mensagem é simples: qualquer aprendizagem é válida, desde que exista um merge eficiente e concreto entre educação e mercado de trabalho. E as empresas devem dar o seu contributo. A empresa complementa, na sua vertente formativa, e mesmo social, o sistema educativo.

Não chega conhecer o mercado, não chega perceber as megatendências deste, é necessário saber qual o contributo de cada um para um conhecimento sustentado. O que é importante é, também, dar pistas à escola, é promover a educação dentro de qualquer instituição. Não é só facilitar o acesso a programas de talentos, também é promover a aprendizagem de competências básicas dos colaboradores de uma organização.

Mas existe uma outra componente – a capacidade de se entender as novas gerações. Aqui é uma aprendizagem mútua. Não só pela via formal da educação. Nas escolas, sejam universidades, institutos politécnicos, ou mesmo ainda ao nível das escolas secundárias, promove-se que só quem vence são os mais preparados, os melhores. Mas os menos preparados também podem e devem sobreviver com o suporte necessário. Uma moeda de duas faces que, sem ela, o mercado não funciona.

Encarar a educação como um pilar básico de cada sociedade é um lugar-comum. Mas encará-la numa resposta concreta às tendências reais é o maior dos desafios. Não só o desafio de um governo, duma instituição educativa ou duma empresa, é acima de tudo uma partilha e colaboração entre todos. Lideranças inspiradoras, agilidade e inovação, empreendedorismo, confiança e capacidade de adaptação, associadas a um conjunto de competências e capacidades técnicas e relacionais têm de nascer no sistema educativo, mas existindo o compromisso complementar dos restantes agentes.

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