5 tendências que vão definir o mundo do trabalho em 2013
A conceituada revista norte-americana “Forbes” elegeu as cinco tendências que mudarão o mundo do trabalho e da liderança no decorrer deste ano.
1- 2013 será o ano da tecnologia de colaboração. Veremos a evolução das ferramentas dos meios de comunicação sociais concebidas para fazerem mais do que simplesmente relatórios ou alterar ligeiramente o zeitgeist – serão tecnologias de colaboração concebidas para determinados propósitos. Claro que as empresas e os líderes mais inteligentes, como referimos em cima, estão a usar os meios de comunicação sociais para aumentarem hoje a colaboração, mas os suspeitos do costume ainda não perceberam completamente como os ligar à cultura, de maneira a criar uma sensação real de colaboração. A necessidade que os líderes têm de gerir os estilos de comunicação, de forma a aproveitarem novos canais sociais, está a crescer todos os meses. Várias empresas perspicazes estão a usar ferramentas analíticas que transformam a maneira como as empresas analisam a reputação, os sentimentos e até conseguem prever a procura de produtos.
2 – À medida que os baby boomers se sentem mais ansiosos em relação à sua reforma, surgirá uma colisão de várias gerações no local de trabalho. O País – na verdade, o mundo – precisa de colocar a geração Milenar, a Geração X e a Geração Y a trabalhar, mas em muitas regiões não há empregos suficientes. Os baby boomers estão a manter-se nos cargos e a sua sabedoria colectiva não é algo que se deva perder facilmente. Os boomers também não têm as expectativas dos Milenares – do género “Estou aqui há dois anos, porque não sou director?” Os líderes precisam de abordar esta questão rapidamente. O talento mais jovem é fenomenal, mas alguns dos meus alunos (do ensino secundário e universitário) não acreditam que terão de trabalhar 60 horas por semana, o que muitos colaboradores da “velha guarda” acreditavam ser quase obrigatório quando chegaram ao mercado de trabalho. Actualmente as expectativas são diferentes. Esperam-se grandes desafios para os líderes, gestores e profissionais de RH que não conseguem adoptar rapidamente a inovação e as necessidades singulares de comunicação de gerações diferentes. Precisamos que pessoas talentosas, entusiasmadas e de mente aberta de todas as gerações trabalhem em conjunto.
3 – Cada vez mais a regulação estatal, principalmente a relacionada com as mudanças fiscais e a segurança social, abrandará o crescimento de emprego. Isto significa que os líderes terão de ter muito cuidado na altura da contratação, para que não existam choques entre personalidades e a cultura da empresa. Se os empregos são escassos, os gestores que contratam sentir-se-ão relutantes em apostar em pessoas cujas qualificações e experiência não sejam certeiras. Os ciclos de contratações irão abrandar e os candidatos terão de passar por cinco ou mais ciclos de entrevistas, muitas vezes com testes pelo meio. Se juntarmos a isto a aplicação de sistemas de análise, com as suas estruturas rígidas de algoritmos, muitas pessoas ficarão de fora, frustradas e com a sensação que não têm acesso ao que parecia (para eles) o emprego perfeito.
4 – A tele-presença continuará a crescer em equipas distribuídas globalmente. Muitos líderes ainda acreditam que as suas equipas trabalham melhor quando há muita interacção frente a frente. A Cisco é uma das empresas que apostará mais nisso. Certamente não será a única; mas está mais preparada para dominar uma quota de mercado considerável. Se as empresas mantêm o dinheiro em offshores ou noutros locais, os orçamentos para viagens serão menores. O Skype e a tele-presença são ferramentas úteis se a empresa quer poupar dinheiro nas suas viagens. Mas o Skype está menos desenvolvido e a tele-presença pode ser dispendiosa para alguns orçamentos. Por isso na realidade cabe aos líderes decidirem o que lhes é mais importante na comunicação e colaboração. Creio que as empresas maiores e mais dispersas geograficamente procurarão formas de criar escritórios regionais para manterem as suas equipas mais perto OU simplesmente investem em mais tecnologias para uma maior colaboração.
5 – As tecnologias “casadas” com meios de comunicação sociais estarão em todo o lado, mas vê-las-emos menos como uma tecnologia e mais como um aparelho, como uma torradeira. Talvez Nick Carr tenha razão – as TI terão menos importância do que aconteceu no passado. Com a maioria das grandes (e pequenas) empresas a cortarem nas TI internas e a passarem para a “cloud”, e com muitos colaboradores a levarem os seus aparelhos para o trabalho, veremos um choque tecnológico no local de trabalho. As TI terão de se ajustar e tornarem-se consultoras estratégicas, em vez de um custo, e as pessoas com aptidões nessa área e que acabaram de sair da faculdade terão de repensar os seus papéis. Os nossos líderes futuros precisarão de capacidades soberbas em termos de comunicação e colaboração.