A importância da saúde mental nas organizações
O custo das doenças mentais para as empresas subiram para 220 mil milhões de euros, a nível global, em 2017. Os dirigentes que se adaptarem para educar, suportar e aceitar a doença mental podem não só evitar despesas significativas, como reter colaboradores com muito para dar à empresa.
Por Joana Barros, senior marketing executive da Michael Page
O perfil cada vez mais exigente dos profissionais face ao que lhes é oferecido pelas empresas para as quais trabalham tem alterado o panorama corporativo, havendo uma crescente consciência por parte das empresas da importância de promover programas de saúde e bem-estar inclusivos para os colaboradores.
Numa primeira fase, estes programas focaram-se sobretudo na vertente física da saúde: exercício, alimentação saudável, postura… Contudo, nos últimos anos, tem também aumentado o escrutínio do público em geral – e do talento qualificado em particular – relativamente à existência de sistemas de suporte robustos e políticas claras de apoio à saúde mental dos colaboradores.
Redes de apoio no trabalho
De acordo com a Mental Health Foundation, sedeada no Reino Unido, 86% dos colaboradores considera que ter um emprego é fundamental para a sua saúde mental. Tal evidencia a necessidade de uma cultura empresarial de suporte, que apoie os profissionais a lidar com os seus problemas. E isto deve acontecer de cima para baixo, com os líderes a darem suporte às suas equipas nestes temas delicados. Todavia, apesar de os altos executivos deverem dar o exemplo, é importante lembrar que os problemas do foro psicológico não discriminam pelo nível de categoria hierárquica. Aliás, podem até acentuar-se com a progressão na carreira, à medida que as horas de trabalho e responsabilidades aumentam. Os quadros directivos trabalham muitas vezes um número excessivo de horas e têm um número limitado de dias livres, o que significa que têm menos tempo para ter acesso a suporte para gerir o seu próprio bem-estar mental.
Além disso, terão na maior parte das vezes uma pressão acrescida por parte de stakeholders e accionistas, bem como a responsabilidade do desenvolvimento, bem-estar e realização de todos os membros da sua equipa.
Gestão da saúde mental
Executivos e colaboradores estão frequentemente expostos a situações de stress, ansiedade, problemas de sono ou situações mais graves como depressão e, em casos limite, até mesmo burnout. Contudo, estes são temas muito pouco abordados no mundo corporativo.
Leia o artigo na íntegra na edição de Maio da Human Resources, nas bancas.