Quer trabalhar na Tesla ou na Apple? Saiba o que é preciso (e não é formação académica)
Quer concorrer para uma vaga na Tesla, na Apple, na Google ou na Netflix? O grau académico já não tem tanto valor como antes. Afinal, o que valorizam nos candidatos?
Os principais empresários começam a questionar se os diplomas universitários preparam os profissionais para o mundo do trabalho e alguns começam já a apostar em colaboradores com menos qualificações. Para Elon Musk, dono da fabricante de automóveis eléctricos Tesla e fundador da cápsula Space X, um canudo não é sinónimo de uma «competência excepcional», por exemplo. «Será que Shakespeare chegou a ir para a faculdade? Provavelmente não», atirou, citado pelo “Business Insider”.
De acordo com Musk, que falava esta segunda-feira na conferência Satellite 2020, nos Estados Unidos, as universidades «não são para aprender», argumentando que magnatas como Bill Gates, co-fundador da Microsoft, e Larry Ellison, CEO da Oracle, desistiram dos seus cursos e mesmo assim são bem-sucedidos.
Esta opinião é partilhada por Tim Cook, sucessor de sucessor de Steve Jobs. O CEO da Apple defendeu publicamente que cerca de metade dos postos de empregos criados pela gigante tecnológica nos Estados Unidos, em 2019, tinha sido preenchido por colaboradores sem grau académico. Cook justificou a medida com o facto de notar que as instituições de ensino superior não ensinam as competências que os líderes empresariais mais procuram e necessitam na sua força de trabalho, como a codificação.
A CEO da Siemens, Barbara Humpton, corrobora: Com demasiada frequência, os anúncios de emprego vão requerer um diploma, quando na realidade não há nada que realmente o exija».
De acordo com o LinkedIn, são já várias as empresas a apostar em colaboradores com menos qualificações, nomeadamente a Tesla, a Apple, a Google e a Netflix, para ocupar cargos como técnico de electrónica, projectista mecânico e comercial.