Estratégias para ser ouvido nas reuniões

Fazer-se ouvir pelos seus colegas, superiores ou clientes nem sempre é fácil. No entanto, é fundamental saber comunicar as suas ideias aos seus parceiros. A  “Harvard Business Review” publicou uma série de estratégias que o podem ajudar a comunicar melhor.

1. Dispare ideias. É a abordagem à Rambo: não pare para ver se alguma pega; continue a disparar, com toda a energia. Será um Sylvester Stallone com a maior arma já vista, numa apresentação de choque e espanto. Se disparar muito, pelo menos uma ideia deve atingir o alvo.

2. Seja super amigável. Confiança e camaradagem podem ajudar as suas ideias a ganhar um momento de reflexão. Esta é a abordagem à Sally Field: “Você gosta de mim! Gosta mesmo muito!” O problema é que o enfoque é na relação pessoal e não no mérito da ideia.

3. Tome a discussão de assalto. Enquanto alguém está a expressar uma ideia, use uma palavra ou frase contraditória: “mas”, “não”, ou “não concordo” são boas, mas pode fazê-lo de forma mais insidiosa, com um “grande ideia; também podíamos tentar…”. À medida que as atenções se viram para si, oriente a conversa para a sua ideia sob o pretexto de fazer mais comentários. Infelizmente, esta abordagem é comum e, embora aceitável, simplesmente irritante. E apesar de servir para abordar a ideia, raramente influencia os outros ou leva a que seja posta em prática – o verdadeiro fim. O objetivo não é só falar, é ser ouvido. E isso implica que a ideia consiga influenciar.

4. Seja um antropólogo. Há imensas ferramentas para aprender sobre pessoas – que assuntos seguem, o que valorizam, como abordam o trabalho. Descubra o que interessa aos seus colegas. Se têm um blogue, leia-o. Se estão no Twitter, siga-os. As recomendações no LinkedIn também contam uma história.

5. Observe e adapte. Faça por saber o que os faz vibrar e molde a sua ideia à perspectiva do destinatário.

6. Tenha uma opinião. Muitas pessoas aparecem em reuniões sem serem capazes de dar uma opinião fundamentada. Arriscam-se a ser rotulados como “executores” – inadequados para protagonistas. O “executor” não precisa de lugar na mesa: pode saber o que tem de fazer por e-mail. Quando estamos a trabalhar em problemas difíceis, procuramos co-pensadores que se tornem co-criadores.

7. Crie relevância. Todos os argumentos podem beneficiar com dados quantitativos. Descubra factos importantes. Mesmo com dados imprecisos, consegue ver se algo é do tamanho de uma caixa de pão ou de um camião. Histórias reais de clientes e anedotas são fantásticas; apoiá-las com factos é melhor.

8. Escolha o meio. Se lida com pessoas que valorizam números, use o Excel. Se dão valor a bons gráficos, invista neles. E conte uma história factual que prenda as pessoas. Os factos mudam, as ideias que perduram dão sempre boas histórias.

9. Seja apaixonado. O seu ponto de vista é baseado na sua experiência e observações; o resto do grupo pode nunca ter pensado nisso. Isto significa que vai ter de explicar. Se o fizer de forma apaixonada em vez de só mostrar estar certo de ser uma boa ideia, pode apaixonar também os outros.

10. Seja o protagonista. Há uma linha ténue entre ser visto como o ladrão de cena que só pensa no seu proveito ou alguém com ideias válidas para a empresa. Para ser um protagonista, tem de falar e ser ouvido, mas também de pôr à frente de tudo os objectivos da empresa. É a diferença entre o caos da rua movimentada e ser ouvido apesar de falar num canto.

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