COVID-19. Seis conselhos para regressar ao trabalho em segurança

Hoje, com Portugal em Situação de Calamidade e já não em Estado de Emergência, algumas actividades foram retomadas. Mas, flexibilização das restrições, a saúde e a segurança dos colaboradores e das comunidades devem permanecer primordiais.

 

Richard Edelman, CEO da Edelman, agência de comunicação global que tem a EDC como afiliada em Portugal, cita David Nabarro, enviado especial da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a COVID-19, sobre os desafios das empresas no regresso ao trabalho:

«Devemos lembrar-nos que o vírus não desaparecerá no futuro próximo, continuará a ser uma ameaça para todos nós e precisamos encontrar maneiras de viver com ele. Todas as empresas precisam de pensar agora em como proporcionar condições de maior distanciamento físico e em como gerir pedidos de ausência para que se sente doente ou que é parte de grupos de risco. É um grande erro esperar, para reflectir sobre essas questões, até que a autoridade local decida que é seguro que os funcionários regressem ao trabalho. O tempo para se preparar para novas maneiras de trabalhar e discuti-las é agora. A comunicação importa, não fique em silêncio.»

De acordo com algumas directrizes de David Nabarro, a EDC lançou seis conselhos para adoptar no regresso ao local de trabalho:

 

1. Use a máscara– O uso da máscara protectora é o ponto primordial. Não sabe quem está infectado, e algumas pessoas podem transmitir o vírus sem saber que estão infectadas.

 

2. Teste a temperatura– Os colaboradores devem ser instruídos a medir a temperatura em casa antes de irem para o trabalho. Também é importante perguntar às pessoas regularmente como se sentem e tornar uma nova parte da cultura corporativa, o incentivo a tirarem dias por doença, caso não se sintam bem, ou que, por precaução, fiquem em casa, pecando por excesso e não por erro. Aqueles que apresentam sintomas do COVID-19 vão ter de se manter isolados, mesmo que não sejam testados.

 

3. Disponibilizar testes aprovados– Se o teste de anticorpos não se tornar amplamente disponível, deve haver consideração especial para os grupos de maior risco, proporcionando a possibilidade de desenvolverem trabalho em casa.

 

4. Canal de informações do CEO– Acompanhe os briefings semanais sobre o status de viagens, do teletrabalho, da participação em conferências. Certifique-se de que este é um canal de dupla via, com perguntas de colaboradores, para que tudo possa ser esclarecido pelas respostas do CEO da sua empresa. As empresas não estão a comunicar suficientemente; talvez estejam preocupadas em entender a mensagem correctamente, mas há uma real necessidade de factos, de trabalhar com eles e de partilhar ideias (e preocupações).

 

5. Empresa=Comunidade – As empresas não podem cuidar dos negócios até que a COVID-19 seja controlada. As suas comunidades incluem colaboradores, clientes e vizinhos. É sobre a saúde da empresa e a saúde da comunidade. Não pode haver nenhum tipo de moralidade na escolha de uma em detrimento da outra. É uma falsa troca. Não volte ao trabalho antes que seja seguro fazê-lo. As empresas são a teia de aranha da comunidade, conectando todas as suas partes.

 

6. Distanciamento físico– As empresas precisam de preparar técnicas de protecção dos colaboradores. Isto significa limitar o número de pessoas que entram no elevador ou se reúnem na máquina de café. Pode ser inteligente ter uma equipa A e B, com a primeira a trabalhar nos três primeiros dias da semana no escritório, e a segunda nos últimos dois dias, para diminuir o número de colaboradores simultaneamente no escritório. Pode ser indicada a instituição de horários flexíveis no início e no final do dia, para que haja menos aglomeração nos transportes.

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