Empresas portuguesas procuram países com afinidades culturais e linguísticas

A cultura (49 por cento dos inquiridos) e a língua (40 por cento), a par da dimensão do mercado (93 por cento), são alguns dos pontos mais relevantes na selecção do destino de internacionalização das empresas portuguesas.

Estas são algumas das conclusões do “Estudo Sem Fronteiras”, uma iniciativa da Deloitte, em parceria com a AICEP, que podem justificar o facto de, entre os destinos mais procurados, serem indicados os países da União Europeia, Brasil e PALOP.

De acordo com este estudo, os territórios na UE são, de facto, considerados bastante atractivos, com 50 por cento dos inquiridos a ter esta opinião. O país vizinho, excluído desta fatia, representa, por si só, 20 por cento das preferências. Esta opinião é partilhada, essencialmente, pelas indústrias transformadoras que pretendem, no cenário europeu, dar a conhecer a qualidade dos produtos portugueses em mercados próximos do local de produção.

O Brasil (para 46 por cento dos inquiridos) é, igualmente, um dos países mais atractivos, sobretudo na opinião do sector das tecnologias, media e telecomunicações, pela sua dimensão, com milhões de potenciais consumidores, e pela afinidade cultural e linguística.

Entre os países mais aliciantes estão ainda os PALOP, destacando-se Angola (para 39 por cento um dos mais importantes), sendo que o sector que mais valoriza este mercado é a área do comércio por grosso ou a retalho.

Com percentagens a rondar os 20 por cento, estão ainda regiões como Magreb (Argélia, Marrocos e Tunísia) e América do Norte.

No que concerne às relações comerciais já existentes, aponta o “Estudo Sem Fronteiras” que os mercados externos com maior relevância para as empresas são a União Europeia (para 64 por cento dos inquiridos), na qual Espanha adquire importância particular (para 43 por cento dos inquiridos), e os países membros da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa – CPLP (para 74 por cento dos inquiridos), entre os quais se destacam Angola (para 35 por cento) e Brasil (para 18 por cento).

Mais informações: http://estudosemfronteiras.com/

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