Esta tecnológica vai contratar cerca de 300 colaboradores para Portugal ainda este ano

Há três anos que a Talkdesk ambicionava chegar aos mil colaboradores em 2020 e a pandemia não travou os planos. A empresa não só alcançou, como superou o objectivo, ao contratar mais 700 colaboradores no conjunto dos seis países onde tem escritórios, revela o DN.

 

«Já somos 1050», referiu João Coelho, um dos dois responsáveis de pessoal da tecnológica em entrevista ao DN/Dinheiro Vivo.

«Contratámos cem pessoas para Portugal desde Abril em formato completamente remoto», adianta o mesmo responsável. Na Talkdesk Portugal são agora cerca de 700 elementos, sobretudo focados na parte de engenharia; nas unidades internacionais, há mais 350 colaboradores, adianta João Coelho.

Segundo a publicação, até ao final do ano vão entrar mais 600 trabalhadores para a tecnológica, metade dos quais em Portugal. «Teremos mais de 1500 pessoas até ao final deste ano. Estamos a preparar as nossas equipas de recursos humanos para conseguirmos assegurar o cumprimento deste objectivo, ambicioso mas realista». Para cumprir esta meta também haverá uma ajuda do programa Tech Dojo, de integração de recém-licenciados e de mestrados em Engenharia Informática.

O grande motor para estas contratações é a ronda de investimento de 143 milhões de dólares, anunciada pela Talkdesk no final de Julho e que permitiu uma subida da avaliação da tecnológica no mercado para mais de três mil milhões de euros. Mais de 1800 empresas em todo o mundo já usam esta plataforma.

O DN revela que a empresa procura candidatos um pouco todo o país. Locais como Braga, Viseu, Guarda, Vila Real, Fundão, Beja, Faro e os arquipélagos dos Açores e da Madeira proporcionam «um universo de oportunidades interessante».

Apesar de interessante, recrutar remotamente também gerou várias dificuldades para este unicórnio português. «Temos pessoas que entraram em julho e agosto a partir de países como Brasil e Arménia. Juntaram-se a nós assim que houve a primeira oportunidade logisticamente possível» João Coelho recorda que “houve computadores retidos na alfândega”, o que impediu que os novos elementos começassem, mais cedo, a trabalhar remotamente para a Talkdesk.

Ainda em teletrabalho e sem data para voltar aos escritórios, a tecnológica fundada em Portugal assume que já está a pensar em “espaços 2.0”. Só não se sabe, por exemplo, se a empresa vai manter as instalações na zona das Amoreiras. A proprietária do espaço na capital avançou com um processo judicial por alegado “incumprimento contratual” e saída do espaço físico antes do final do contrato. É exigida uma indemnização de 1,56 milhões de euros, mas a Talkdesk garante estar a tentar encontrar um acordo.

A plataforma fundada em 2011 pelos portugueses Tiago Paiva e Cristina Fonseca é desde 2018 um unicórnio, sendo avaliada pelos investidores em mais de mil milhões de dólares (853 milhões de euros, no câmbio atual).

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