Barclays elimina cerca de 300 postos de trabalho em Portugal
O Barclays vai anunciar uma reestruturação da operação em Portugal na área do retalho que passa pelo encerramento de cerca de 100 agências e a redução de, pelo menos, 300 trabalhadores, confirmou a Lusa junto de fonte do banco.
Estes cortes para Portugal deverão ser conhecidos na terça-feira, no âmbito de um plano de reestruturação mais alargado que prevê ainda, segundo o jornal britânico Financial Times, a supressão de dois mil postos de trabalho só na banca de investimento.
«As informações que temos é que os cortes em Portugal vão atingir entre 300 a 400 trabalhadores, tendo sido decidido o encerramento de cerca de 100 agências bancárias», disse uma fonte do banco à Lusa, que pediu para não ser identificada. Trata-se de «uma redução de mais de um terço das agências que o banco tem em Portugal», sublinhou a mesma fonte.
Em 2012, o Barclays encerrou 19 das suas 279 agências em Portugal, na sequência do plano de redução da base de custos no País. Na altura, fonte oficial do banco disse à Lusa que esta redução da rede não implicava despedimentos, mas confirmou a abertura de um plano de rescisões amigáveis, que teve a adesão de cerca de 200 trabalhadores.
O Barclays está em Portugal desde 1981 e entre 2009 e 2011, no âmbito de um plano de expansão no País, abriu cerca de 100 agências. O banco emprega em Portugal cerca de dois mil trabalhadores. Segundo fonte do banco, estes novos cortes na banca de retalho – que vão para além dos já previstos na banco de investimento – vão estender-se a mais países da Europa, nomeadamente Espanha.
A edição de hoje do jornal Financial Times avança que o banco britânico vai cortar custos na ordem de 2000 milhões de libras (2337 milhões de euros) e 2000 postos de trabalho, uma redução que será focada nas operações do banco de investimento, sobretudo na Ásia. Além disso, refere o jornal, serão ainda reduzidas operações na banca comercial e de retalho em alguns países europeus, como em Itália.
O grupo Barclays apresenta as suas contas na terça-feira em Londres, quando deverá ser conhecido oficialmente, e ao longo do dia país a país, o seu plano de reestruturação.