Como vai ser o mercado de talento em 2023? Especialistas identificam cinco tendências

Com o arrancar do novo ano, Hugo Raposo, director de Recursos Humanos da área de serviços globais da Hipoges, e a responsável de Recursos Humanos para Portugal, Anabela Semedo, destacam as principais tendências que irão marcar o mercado de talento a nível nacional.

 

1. Mix de competências destaca perfis
Os responsáveis de Recursos Humanos da Hipoges garantem que os perfis que se vão destacar em 2023, independentemente da função, são os que reúnem «o melhor mix de competências entre soft skills, capacidades analíticas, competências digitais, interesse genuíno no negócio e adaptabilidade». No caso específico de Asset Management, «o perfil mais procurado será ao nível de gestão de cliente, nas várias áreas da gestão de activos».

 

2. Especializações para desenvolvimento individual e analíticas são valorizadas
É cada vez mais importante reunir especializações que contribuem para o desenvolvimento das capacidades individuais na relação com o outro, porque são as capacidades relacionais e de interacção que fazem a diferença entre os profissionais. No entanto, Hugo Raposo e Anabela Semedo reclamam especial atenção para «as especializações que ajudem a desenvolver a capacidade analítica, com um suporte tecnológico robusto».

 

3. Soft Skills são absolutamente essenciais
Actualmente é possível observar muitos mercados onde se exige dos colaboradores um nível médio ou muito elevado de competências digitais e analíticas. Então o que distinguirá um colaborador de outro? Anabela Semedo e Hugo Raposo não têm dúvidas: as soft skills. Falamos de, por exemplo, «a empatia, a capacidade de comunicação e a capacidade de procurar sinergias entre diferentes tipos de equipas.»

 

4. As competências vão ultrapassar o CV? 
Existe utilidade em ambos. Os profissionais de Recursos Humanos da Hipoges relembram que é o currículo que leva a uma entrevista – o que se fez, estudou, é um relato do percurso profissional. Mas na hora de contratar, as competências são decisivas: «Um CV sem competências demonstráveis, que impactem o negócio e que faça com que as pessoas gostem que estejamos nas suas equipas, dificilmente passará o teste da primeira dificuldade de negócio.»

 

5. Colaboradores felizes retêm-se
Depois de identificado o talento, é importante trabalhar no sentido de o reter. Para Hugo Raposo, as empresas têm de fazer também a sua parte porque as pessoas só ficam num sítio onde se sentem bem. «A Hipoges está atenta e vai sempre trabalhando nas medidas que as pessoas valorizam, como maior flexibilidade de trabalho, políticas mais inclusivas, os programas de formação pós-graduada ou programas de liderança no feminino.»

Sendo que Anabela Semedo acrescenta que detalhes tão simples como «oferecer um super pequeno-almoço a cada trimestre ou enviar um presente quando alguém tem um bebé, ou se casa, entre outros», fazem toda a diferença quando se querem manter colaboradores felizes e comprometidos com uma empresa.

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