Este tipo de empresas têm mais produtividade e pagam melhores salários

Em 2023, a maioria das empresas apresentava um nível baixo ou médio de digitalização, sendo que é no sector das actividades de informação e de comunicação (58,5%) que se regista uma maior percentagem de empresas com nível elevado de digitalização, seguido do sector da energia e gestão de resíduos (58%). Os dados são do relatório da Fundação José Neves sobre “O Estado da Nação: Educação, Emprego e Competências em Portugal”.

 

A digitalização das empresas deu um salto considerável nos últimos anos, sobretudo entre 2019 e 2020, em que a percentagem de empresas com nível baixo caiu 11%, com os níveis médio e elevado a aumentarem 7% e 4%, respectivamente. No final de 2023, 39% de empresas tinham nível baixo, 34% nível médio e 27% nível elevado.

A dimensão das empresas é outro factor relevante para o índice de intensidade digital. Quanto maior a empresa, maior é o índice de digitalização. Este índice está igualmente associado a maior produtividade e a salários mais elevados. Entre os mais jovens, a intensidade digital do emprego mantém-se alta sobretudo entre os diplomados no Ensino Superior.

Ainda relacionado com a digitalização do emprego em Portugal, 11 em cada 100 trabalhadores portugueses trabalhava em casa de forma regular e com recurso a TIC no final de 2023.

O teletrabalho passou a ser cada vez mais híbrido (aumentou 22% entre o segundo trimestre de 2022 e o quarto trimestre de 2023) e são sobretudo os mais jovens, em particular mestres e doutores, que mais deslocalizaram o trabalho para casa, especialmente nas áreas de Gestão (49,7%), do Ensino (61,9%) e das TIC (80,5%).

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