O preço das casas continua a aumentar. Mas a compra e venda também
O índice de preços da habitação aumentou 7,8% no segundo trimestre em termos homólogos, acelerando face aos três meses anteriores, tendo o número de transacções aumentado 10,4%, a primeira subida em dois anos, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o Índice de Preços da Habitação (IPHab) do Instituto Nacional de Estatística (INE), entre Abril e Junho «a taxa de variação homóloga do IPHab foi 7,8%, 0,8 pontos percentuais acima do registo do trimestre anterior».
Neste período, os preços das habitações existentes cresceram de forma mais intensa face aos das habitações novas: 8,3% e 6,6%, respectivamente.
Em relação ao trimestre anterior, o IPHab cresceu 3,9% (variação de 0,6% no primeiro trimestre de 2024 e 3,1% no segundo trimestre de 2023), tendo os preços das duas categorias de habitação registado aumentos semelhantes, de 3,9% no caso das existentes e 3,8% nas novas.
Entre Abril e Junho de 2024, foram transaccionadas 37.125 habitações, mais 10,4% do que no trimestre homólogo (-4,1% no trimestre anterior) e o primeiro aumento homólogo do número de transacções desde o segundo trimestre de 2022.
Naquele período, as habitações existentes representaram a maioria das transações (79,8%), num total de 29.630 unidades, mais 10,6% face ao registo do mesmo período de 2023 (variação de -4,0% no primeiro trimestre de 2024).
No que respeita às habitações novas, contabilizaram-se 7495 transacções, um crescimento de 9,8% face ao mesmo período do ano anterior (-4,4% no primeiro trimestre de 2024).
No segundo trimestre, o valor dos alojamentos transaccionados ascendeu a 7900 milhões de euros, mais 14,1% do que no mesmo trimestre de 2023 (-1,8% no trimestre anterior).
O valor das transacções das habitações existentes foi de 5700 milhões de euros (aumento de 14,8% face ao mesmo período de 2023), enquanto o valor das transacções de habitações novas atingiu 2200 milhões de euros (aumento homólogo de 12,2%).
Entre Abril e Junho, as habitações adquiridas por compradores pertencentes ao sector institucional das famílias fixaram-se em 31.948 unidades (86,1% do total), mais 11,2% em termos homólogos e 13,0% relativamente ao trimestre anterior.
Em valor, as vendas de habitações a famílias corresponderam a 6700 milhões de euros, 85,4% do total, um crescimento homólogo de 16,4% e uma taxa de variação de 18,8% face ao trimestre anterior.