Como as grandes empresas atraem talento?

Atrair talento significa ir buscar as “pessoas certas”. Mas o que é atrair as “pessoas certas”?

 

Significa, futuros colaboradores que mais do que terem as competências técnicas e funcionais adequadas aos projectos da organização, fazem o fit na estratégia, na cultura e nos valores fundamentais da organização. Significa desde o primeiro contacto sentir “é aqui nesta empresa e com esta equipa que me vejo a trabalhar e a crescer como pessoa e profissional. Aqui vou ser feliz”!

A capacidade de atrair talento é, actualmente, o grande desafio e o factor diferenciador no mundo dos negócios, em particular, no mundo das tecnologias de informação. A sua escassez é um hard fact!

Para conseguir atrair talento as organizações têm de desenvolver uma cultura company-talent-centric consistente e coerente ao longo da vida da organização. É um processo que leva tempo, requer experiência e obviamente investimento financeiro. É isto que diferencia as grandes empresas das tradicionais. As grandes empresas vêem o recrutamento de talentos como core do seu negócio. É a resposta ao “why do we exist as a company?”. Acreditam saber atrair e reter os melhores talentos para os seus projectos. O como e o que fazemos, vem muito depois.

As empresas tradicionais de tecnologias de informação têm uma cultura enraizada baseada no client-project-candidate-centric. Ou seja, o processo de selecção e recrutamento do futuro colaborador é centrado no cliente-projecto A ou B. Não é necessariamente errado, mas têm de assumir o erro mais comum – no fit na cultura, valores organizacionais e estratégia da empresa. Tipicamente, salvo algumas excepções, o futuro colaborador sente-se como apenas mais um. E sendo apenas uma questão de tempo, sabemos qual é o final da história.

Assistimos por isso em muitas empresas a turnovers (saídas de colaboradores) absolutamente “doentios”. Não nos admiremos por isso, a “ouvir” algumas empresas tradicionais a comunicar sobre o mercado, a contratação em espaços de tempo curtíssimos, uma a duas centenas de novos colaboradores. São precisos para substituir os elevados turnovers.

As grandes empresas focam-se em encontrar futuros colaboradores que partilhem cultura, valores humanos, sociais e organizacionais comuns assim como a estratégia da empresa. Mais do que encontrar as pessoas com as competências técnicas e funcionais certas ou o que o cliente quer, é a capacidade que a organização tem de saber escolher a pessoa certa, recrutar, fidelizar e manter, tendo sempre como elemento central a cultura da empresa.

Isto só se consegue num modelo de recrutamento company-talent-centric. É um processo longo, mas é produtivo e com frutos a longo-prazo. É um processo que exige investimento financeiro. Exige tempo, critérios rígidos de escolha e engagement entre a empresa e o futuro colaborador. As vantagens são indiscutíveis para todos: empresa, futuro colaborador, clientes/projetos e até para o mercado de trabalho nesta área.

Por Sónia Jerónimo, CEO & World Explorer na Growin

 

Growin:

Empresa portuguesa de consultoria em Tecnologias de Informação criada com base no conhecimento de uma equipa de gestão com provas dadas nos últimos 10 anos no mercado nacional de TI.

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