Este factor é a maior dificuldade no recrutamento em Portugal. E não é a expectativa salarial elevada
Um estudo da Egor feito este mês a 35 empresas portuguesas da área metropolitana do Porto, no decorrer do evento Actualiza RH, mostra que em média, as empresas contrataram 24 novos colaboradores este ano, menos 13% do que o ano anterior, e apontam a escassez de candidatos como a maior dificuldade no recrutamento, considerando ainda que o governo português é parcialmente desfavorável ao sector empresarial.
As empresas inquiridas representam sobretudo a indústria portuguesa e sectores próximos, como o Transporte e Logística. O inquérito revela que, quase 90% das empresas (89%) consideram a escassez de candidatos a maior dificuldade no recrutamento em Portugal, as outras razões, com menor representação, são a falta de candidatos qualificados, a dificuldade em reter talento, e expectativas salariais elevadas.
De acordo com os inquiridos, as questões orçamentais são o principal impedimento ao crescimento do recrutamento, metade das empresas considera as questões orçamentais relevantes, enquanto cerca de 22% indica que, além destas, a legislação também é um factor que dificulta a contratação de novos colaboradores.
Em média, as empresas portuguesas contrataram 24 novos colaboradores em 2024 – menos 13% do que em 2023. Contudo, a maioria dos empresários também aponta que pretende contratar novamente nos restantes três meses deste ano, mais de 60% das empresas ainda pretendem contratar em 2024.
O próximo ano também foi contemplado, em média, as empresas indicam que vão, pelo menos, contratar 15 novos colaboradores em 2025, sendo que 44% admite que ainda não fez as contas ao próximo ano.
Os factores decisivos no perfil de um candidato são, por ordem de relevância: experiência profissional; soft skills; e remuneração expectável. Em média, estes representantes da indústria têm actualmente cerca de 170 colaboradores, e metade dos inquiridos tem as equipas presencialmente no local de trabalho, todos os dias da semana.
Neste momento de debate do orçamento de estado, os empresários estão na expectativa de ver quais as orientações que possam advir do novo orçamento de estado em termos de políticas económicas. No entanto, há um sentimento generalizado entre os empresários que a conjuntura económico-política dos últimos 20 anos não tem sido muito favorável às empresas, ao investimento e ao empreendedorismo.