Apenas 7% dos colaboradores estão “extremamente felizes” no trabalho. E há essencialmente um factor que o justifica

O IDEA Spaces, espaço de cowork, quis conhecer as verdadeiras motivações dos colaboradores e perceber o que procuram. Assim nasceu o Barómetro da Felicidade, que identifica os factores que impactam a felicidade no trabalho e avalia se os benefícios oferecidos pelas empresas estão alinhados com as expectativas dos colaboradores. Conheça os resultados deste inquérito, realizado em parceria com a DATA-E.

 

Os dados mostram que apenas cerca de 7% dos inquiridos estão “extremamente felizes” no seu trabalho e que a taxa de satisfação dos colaboradores com benefícios como flexibilidade de horário, seguro de saúde e de vida e bónus de desempenho é baixa.

Quando questionados sobre os regimes de trabalho, os resultados demonstram que os trabalhadores em regime remoto são os mais felizes. Contudo, aqueles que utilizam os espaços de cowork apresentam, tendencialmente, maiores níveis de satisfação com a modalidade de trabalho, revelando a crescente procura por flexibilidade a todos os níveis.

Os principais factores que os inquiridos relacionaram com a felicidade no trabalho são “interesse e motivação pelo trabalho desenvolvido” (31%), o “bom ambiente de trabalho” (23%), “reconhecimento e valorização profissional” (19%) e “boa remuneração” (17%). Relativamente a este último aspecto, o estudo comprova a forte correlação entre o salário e a felicidade no trabalho, já que os colaboradores com rendimentos superiores a 2500 euros registaram a maior média de felicidade (sete em dez), enquanto aqueles que recebem menos de 1000 euros apresentaram uma média de seis em dez.

Nesta linha, os profissionais que não estão a considerar novas oportunidades de trabalho registaram uma média de felicidade de oito pontos, um valor superior ao dos restantes grupos. Da mesma forma que se pode observar uma correlação entre o salário e a felicidade no trabalho, também se observa uma ligação entre a felicidade e o vínculo que os colaboradores têm com as empresas, uma vez que os inquiridos que trabalham na mesma empresa há mais de 10 anos são os mais infelizes no trabalho.

«Estes resultados reforçam a importância de as empresas ouvirem activamente os seus colaboradores e identificarem as necessidades reais das equipas», afirma Diogo Fabiana, Chief Innovation Officer & sócio do IDEA Spaces.

Quando questionados sobre as oportunidades de desenvolvimento e progressão na carreira, os inquiridos destacaram este aspecto como algo valioso, mas apresentaram um grau de satisfação muito baixo, sugerindo que as  organizações devem reforçar o investimento em estratégias que promovam a retenção de talento e a motivação das suas equipas.

Os resultados do Barómetro revelam também que a esmagadora maioria dos colaboradores (nove em cada dez) estão abertos a novas ofertas de trabalho, sendo que, destes, sete em cada dez recebem menos de 1500 euros.

No que diz respeito às actividades oferecidas pelas empresas, mais de 40% dos inquiridos afirmaram que a sua entidade patronal não oferece quaisquer iniciativas aos colaboradores. Destas organizações, cerca de 70% operam há mais de 20 anos no mercado, o que pode indicar uma maior resistência à adopção de novas práticas de Gestão de Pessoas.

Em contrapartida, o relacionamento com colegas e chefias foi avaliado de forma positiva, com níveis de satisfação acima da média, afirmando-se como um ponto forte nas organizações.

O estudo indica ainda que oito em cada dez inquiridos não consideram que a qualidade de vida dos portugueses seja satisfatória. Entre os factores para esta percepção, 26% destacaram a cultura laboral como um dos principais factores, o que revela a necessidade de as empresas repensarem as suas culturas organizacionais e adaptá-las às características de cada equipa.

A amostra do estudo Barómetro da Felicidade no Trabalho foi conduzida através de 563 entrevistas e contou com a participação da população activa residente em Portugal, com idades entre os 18 e os 64 anos, que desempenha a sua actividade no sector dos serviços.

Os dados compilados podem ser consultados aqui.

Ler Mais