Trabalhadores em lay-off com quebra homóloga de 28% em Dezembro (mas sobem face a Novembro)
O número de trabalhadores em lay-off caiu cerca de 28% em Dezembro de 2024, face ao mesmo mês do ano anterior, mas aumentou cerca de 10% na comparação com novembro, para 7028, segundo dados da Segurança Social.
«Em Dezembro de 2024, o número total de situações de lay-off com compensação retributiva, (concessão normal, de acordo com o previsto no Código do Trabalho), foi de 7028», avança a síntese elaborada pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Face ao período homólogo regista-se um decréscimo de 2677 prestações processadas, o equivalente a uma queda de 27,6%.
Já na comparação em cadeia, observou-se um acréscimo de 661 prestações processadas, o que se traduz num aumento de 10,4% face a Novembro de 2024.
De notar que, em Novembro de 2024, o número de trabalhadores em lay-off caiu quase 60%, face ao mesmo mês do ano anterior, período em que atingiu um pico.
Segundo o GEP, o regime de redução de horário de trabalho abrangeu 5026 pessoas, um aumento de 20,5% (856 prestações) face a Novembro, mas recuou 15,1% (menos 893) face a Dezembro de 2023.
Já o regime da suspensão temporária abrangeu 2002 trabalhadores, o que reflecte uma descida de 195 processamentos na comparação mensal (-8,9%) e um recuo de 1784 face ao mesmo mês do ano anterior (-47,1%).
As prestações de lay-off foram processadas a 376 entidades empregadoras em Dezembro de 2024, o que representa uma redução de 201 entidades face ao período homólogo e menos cinco entidades face a Novembro.
Na semana passada, a ministra do Trabalho garantiu, no parlamento, que o «Governo está atento ao contexto recessivo das economias», nomeadamente no que concerne «à evolução dos despedimentos colectivos, que estão a crescer, e à evolução do número de beneficiários das prestações de lay-off, que também está a subir».
Não obstante, Maria do Rosário Ramalho destacou como «positivos» alguns dados relativos ao mercado laboral, nomeadamente no que concerne à população empregada e à «baixa» taxa de desemprego, referindo que o mercado de trabalho continua «estável».