5 Razões para Mudar de Carreira

Está a pensar mudar de carreira? Pois bem, não está sozinho! É relativamente comum encontrarmos pessoas que decidem alterar o seu rumo profissional e que o fazem. Saiba se está na altura.

Por Joana Cambas, manager da Jason Associates  (jcambas@jasonassociates.com)

 

Para algumas pessoas trata-se de um processo que envolve alguma ansiedade, por sentirem que se estão a desviar de um caminho que pareciam estar a traçar e/ou por receio de que tal mudança seja mal interpretada pelo mercado/recrutadores.

Na verdade, na maioria dos casos, estas mudanças não têm que ser tão dolorosas assim e, se motivadas pelas razões certas, podem conduzir a momentos de maior realização e satisfação. E que razões podem ser estas, então?

1.Não se sente feliz

Ao longo dos anos, vários estudos têm indicado a correlação entre a satisfação no trabalho e a satisfação face à vida. Assim, se não se sente feliz, um dos contextos que deve analisar é o seu trabalho. Muitas vezes, o ambiente de trabalho, a pressão a que se sente sujeito, a relação com a sua chefia, condicionam o seu bem-estar, sendo importante estar atento à forma como essas variáveis podem afectar e condicionar as restantes dimensões da sua vida.

2.Não se sente apaixonado

Adorava ser Chef e trabalha num departamento de Contabilidade? O seu sonho é trabalhar em Recursos Humanos e está num departamento de Fiscalidade? Em geral, somos condicionados a escolher uma carreira profissional pela perspectiva prática e realista, aquela que entre as possibilidades dará mais perspectivas de futuro e garanta maior estabilidade. Contudo, este condicionamento pode levar a escolhas desenquadradas daquilo que são as paixões de cada um.

3.Desenquadramento do potencial/ competências

Cada pessoa tem caracterísicas únicas, “poderes” que aplicados ao contexto profissional maximizam a sua performance. Os primeiros anos de experiência profissional são determinantes para o auto-conhecimento a este nível. Os “poderes” de cada um são tipicamente características que levam a que se execute de forma mais natural e com maior facilidade determinada tarefa, retirando maior proveito do momento e, simultaneamente satisfação/sentimento de realização. Por vezes, tal não acontece, o que pode levar a que percepcione um subaproveitamento continuado das suas capacidades (por exemplo: “sou uma pessoa com uma vertente eminentemente operacional e que aprecia o trabalho de terreno, mas sinto-me frustrado, porque me delegam todos os dias tarefas de natureza mais conceptual e/ou backoffice”).

4.Precisa de um novo desafio profissional

O início de um novo projecto é, de um modo geral, entusiasmante, pelo sentimento de novidade, pelo desconforto de ser algo novo e de ter de se pôr à prova. Contudo, muitas vezes, surge posteriormente, após a fase de entusiasmo, a sensação de “velocidade cruzeiro”. O momento em que a pessoa pode ser exposta a esta sensação varia bastante, mas pode condicionar de forma clara a sua motivação na função. Cabe-lhe sinalizar junto da sua chefia e da empresa este desconforto, mas cabe também a esses proporcionar-lhe novas oportunidades. Infelizmente, nem sempre isso é possível e, por vezes, a necessidade deste novo desafio pode já não ter lugar no seu contexto actual. Fecham-se ciclos, que podem não mais ter espaço num determinado contexto e sobre isso vale a pena reflectir e agir!

5.Os seus valores mudaram

O percurso profissional de cada pessoa é acompanhado por mudanças a todos os níveis. A maternidade/paternidade, o reforço do mapa de valores e crenças, a conjugação das várias experiências de vida, podem condicionar aquilo a que cada um dá prioridade, o que é mais importante para si. Um dos mais frequentes dilemas que é vivenciado actualmente, prende-se com a dualidade estabilidade financeira vs. tempo para a vida pessoal, levando algumas pessoas a procurar formas alternativas de trabalho (part-time, freelancer, trabalho remoto, etc.). Adicionalmente, e muitas vezes, esta mudança de valores, crenças e/ou prioridades pode levar ainda a um sentimento de desalinhamento face ao contexto profissional em que se insere, falta de identificação com a cultura e ou menor enquadramento com o sentido de propósito da função/contexto.

 

Em suma, várias são as razões que podem estar na base de uma mudança de carreira. O essencial é estar atento aos sinais e ponderar sobre a premência de dar o primeiro passo nesse sentido. O segredo está no equilíbrio entre uma boa reflexão e a coragem de dar o “salto”.

 

 

 

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