PME não querem correr riscos

Segundo a pesquisa feita pela Hiscox, as Pequenas e Médias Empresas (PME) portuguesas não gostam de trabalhar com empresas que não conheçam.

Os motivos de selecção de uma consultora dependem, em primeiro lugar, do preço (54%), seguido pela experiência (42%), pela recomendação (34%) e pelo prestígio (34%), sendo cada vez mais relevante a subscrição, por parte de empresas de TI, de um seguro de responsabilidade civil profissional.

A área da Informática e das Tecnologias representa 73% dos serviços de consultoria mais requisitados pelas pequenas e médias empresas, mas nesta área os trabalhos e os contratos são cada vez mais complexos e, por conseguinte, os riscos são cada vez maiores. Das PME inquiridas, 30% prevêem vir a contratar os serviços de uma empresa de TI no futuro.

Contudo, 10% dos inquiridos que trabalharam com Consultoras não ficaram satisfeitos com os serviços prestados. A principal razão foi a derrapagem no timing do projecto, e isso é um risco potencial coberto no seguro de responsabilidade civil profissional.

Cerca de 85% das companhias consultadas afirmaram que preferiam contratar um serviço de TI se este oferecesse garantias, como um seguro de responsabilidade civil profissional. Outro factor importante é que apenas 65% das PME estão conscientes dos seus direitos, mas 80% asseguram que reclamariam do seu fornecedor no caso de incumprimento de contrato, que é um factor significativo nas consultoras de TI.

O estudo avança ainda que cerca de metade de todos os projectos de TI não satisfazem inteiramente os clientes e que só 50% dos inquiridos têm a preocupação de colocar nos seus contratos cláusulas de resolução de conflitos. “Segundo a experiência da Hiscox na Europa, aproximadamente 70% dos sinistros são decorrentes de incumprimento contratual”, assegura Vítor Vieira, subscritor de seguros para TI da Hiscox em Portugal, “e reclamações de clientes insatisfeitos podem significar para estas empresas o pagamento de indemnizações de milhões de euros, acabando por conduzir as mesmas ao fracasso”, conclui.

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