Aumentos salariais no sector segurador diminuem em 2012

Segundo o estudo Total Compensation – Sector Segurador 2011 da consultora Mercer, os incrementos salariais em 2012 serão inferiores aos verificados em 2011. As expectativas apontam para um aumento médio entre 1,07% e 1,48%.

Directores Gerais e Administradores terão os menores aumentos salariais, Administrativos e Comercias terão os maiores incrementes salariais em 2012, avança o estudo que analisou 9.695 postos de trabalho em 13 empresas do Sector Segurador presentes no mercado português.

Em 2011, o incremento salarial médio por grupo funcional oscilou entre um mínimo de 0,99% para os níveis comerciais/vendas e um máximo de 1,98% para os níveis superiores (Direcção Geral/Administração).

«A uniformização a longo prazo dos Incrementos Salariais apresenta-se hoje em dia como uma realidade, quer em Portugal quer no espaço Europeu. Este comportamento é motivado tanto por uma inflação que se pretende reduzida e orientada por regras de controlo e disciplina orçamental a que obrigam as normas da União Europeia, bem como por uma crescente integração dos mercados laborais europeus derivada de uma crescente mobilidade do factor trabalho», lê-se em comunicado.

No âmbito das Revisões Salariais, o estudo da Mercer identificou que a maioria das empresas participantes na análise elege preferencialmente os meses de Março e Abril para a realização da Revisão Salarial. Uma vez que os incrementos salariais são atribuídos aos colaboradores mediante as políticas gerais de cada empresa, no período das revisões salariais, a percentagem de incremento atribuída aos colaboradores é determinada por factores como os Resultados Individuais do colaborador (92%), seguidos pelos Resultados da Organização e Inflação (85%). No sector segurador, a Antiguidade e o Nível Funcional são os factores menos influentes na atribuição do incremento salarial.

Relativamente às intenções de contratação, verificamos que a maioria das organizações (67%) tem intenção de manter o número de colaboradores em 2011, porém existe um número relevante de organizações (13%) que indicou a intenção de reduzir o seu quadro de pessoal durante o presente ano. Essa percentagem desce em 2012.

Segundo Tiago Borges, senior associate da Mercer, «os últimos anos foram marcados, a nível mundial, pelos efeitos da crise financeira internacional, com origem na crise do SubPrime que deflagrou em 2007 nos Estados Unidos. Como seria de prever, a economia portuguesa sentiu os reflexos do agravamento da conjuntura, tendo as estimativas de crescimento nos últimos anos sofrido significativas actualizações no sentido da baixa dos valores. O pedido de auxílio financeiro ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira, à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional, no curto prazo, permitirá a continuação da liquidez e do financiamento da economia portuguesa, mas terá um impacto imediato a curto médio prazo através de medidas mais duras de consolidação orçamental. Os reflexos serão no consumo privado e público, forçando as famílias e empresas a proceder a correcções no seu nível de endividamento. Deste modo, a actividade económica deverá ser reequilibrada por via da contenção e do incentivo ao investimento e exportações».

No que diz respeito à atribuição de benefícios praticados, os valores encontrados no Sector Segurador superam os do mercado em Geral. Cerca de 92% das empresas participantes no estudo concedem aos seus colaboradores um Complemento de Subsídio à Doença, sendo que só apenas 39% do mercado em Geral o garante. Discrepância semelhante volta a ser encontrada no que se refere à atribuição de Planos de Pensões, verificando-se que 69% das empresas do Sector Segurador em estudo concede aos seus colaboradores Planos de Pensões, e somente 40% do Mercado em Geral garante este benefício.

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