Altice Portugal: «A estratégia da empresa mantém-se focada no rejuvenescimento do capital humano e a na preparação dos futuros líderes»
Nos tempos conturbados em que vivemos, um employer branding forte é essencial. Consciente disso, a Altice Portugal tem promovido novas formas de o trabalhar, fortalecendo a imagem da empresa junto dos colaboradores e do mercado.
Numa óptica de employer branding, os colaboradores são um importante agente de marketing de uma empresa, sendo, por excelência, os principais embaixadores dos seus valores e das suas marcas junto do público. Perante o actual contexto, desde o início que a principal prioridade da Altice Portugal foram as suas pessoas. «Com cerca de 20 mil colaboradores, dos quais 7700 com vínculo directo, a nossa preocupação tem sido a segurança de todos e a manutenção do posto de trabalho destes 7700 colaboradores», afirma João Zúquete da Silva, chief corporate officer (CCO) da empresa.
Este cuidado com o bem-estar das pessoas, aliado ao facto de a Altice Portugal ter sido uma das primeiras empresas no País a implementar um plano de contingência, fez com que a percepção de “bom cidadão empresarial” saísse reforçada junto dos colaboradores, influenciando o employer branding da organização, que tem nas novas gerações um dos pilares identificados como prioritários. Assim, e sendo «o recrutamento de jovens nas universidades portuguesas uma forma de rejuvenescimento da empresa», é «através da captação deste talento, contando com a sua ambição e conhecimento, que a Altice Portugal e as suas marcas reforçam a sua liderança nos segmentos onde actuam, pelo que um employer branding forte é essencial», afirma o responsável.
Há mais de um mês que o país tem vindo a deparar-se com uma realidade desconhecida e com desafios de vária ordem. Perante esta realidade, João Zúquete da Silva defende que não é para já possível aferir de forma fiável as consequências humanas, sociais, económicas e financeiras que esta pandemia vai causar em Portugal e no mundo. Mas assegura que «garantir as condições de protecção e de segurança dos colaboradores tem sido a principal prioridade. Assim, «é evidente que as iniciativas, sobretudo as presenciais ou as que dependiam de dinâmicas de aglomeração de pessoas, estão neste momento suspensas». Mas foram criadas «novas formas de trabalhar o employer branding, através de acções que a empresa tem vindo a levar a cabo na gestão da pandemia, transmitindo uma postura de tranquilidade e de confiança no futuro aos seus colaboradores e ao mercado».
Cimentar a cultura
No actual contexto, e em que foi fomentado o trabalho a partir de casa, é fundamental manter o espírito de proximidade entre os colaboradores e a empresa, tendo sido disponibilizadas todas as ferramentas necessárias para o efeito. Neste sentido, a Altice Portugal lançou um conjunto de acções e iniciativas que visam dar resposta a esta necessidade.
Entre outras, o @Home, espaço criado e desenvolvido para os colaboradores da Altice, onde se reúnem propostas relacionadas com várias temáticas actuais; o vídeo institucional “Por Portugal” tributo a todos os colaboradores; as várias comunicações da gestão de topo sobre o plano de contingência; a divulgação do plano através de uma área específica na intranet e na app; a divulgação de boas práticas de cibersegurança; partilha de vídeos de apoio às equipas da linha da frente, com mensagens às equipas técnicas e equipas de call centers que se mantiveram na linha da frente; a partilha de vídeo com testemunhos de colaboradores da Altice Portugal, essencial no contexto em que as comunicações assumem um papel ainda mais importante na vida dos portugueses e das empresas nacionais; realização de passatempos destinados aos filhos dos colaboradores lançados durante o período de férias da Páscoa, e a promoção da saúde e do bem-estar, através de sessões online de meditação e ioga.
Na opinião de João Zúquete da Silva, «todas estas iniciativas têm vindo a contribuir para a sedimentação de uma cultura muito própria e de proximidade com os colaboradores».
Uma aposta para continuar
Uma das grandes apostas da Altice Portugal é a esfera da academia, através do estabelecimento de parcerias com universidades e politécnicos, instalando em algumas instituições laboratórios colaborativos da Altice Labs. «Esta ligação é fundamental, não apenas para recrutar pessoas com uma vertente mais ambiciosa no campo de projectos inovadores, mas também para possibilitar o início da vida profissional numa empresa considerada como tendo a melhor tecnologia em telecomunicações», sublinha o responsável.
Desta forma, a Altice Portugal tem vindo a apoiar e a desenvolver acções junto das academias, tendo em mente que as empresas precisam do conhecimento das universidades para transformar ideias em produtos, assim como as universidades precisam dos casos práticos e aplicações concretas para dar corpo às suas ideias. João Zúquete da Silva afirma: «Por isso, estamos continuamente à procura de pessoas dotadas de um espírito empreendedor, dinâmico e ágil, profissionais jovens e com formação superior, que venham dar resposta à constante evolução do mercado das telecomunicações, das tecnologias de informação e da inovação.»
A verdade é que a aposta que a Altice Portugal está a realizar nas novas gerações é também uma forma de rejuvenescimento da empresa, através da captação de jovens, contando com a sua ambição, talento e conhecimento para ajudar a Altice Portugal e as suas marcas a reforçar a sua liderança nos segmentos onde actuam.
No âmbito do Employer Branding, a Altice Portugal tem neste momento dois programas de estágios direccionados ao segmento jovem: o Programa Darwin, estágios profissionais para recém-graduados (mestrados ou licenciados), com duração de 12 meses em que os participantes têm a possibilidade de conhecer a Altice de forma única, passando da teoria à prática, através de formação específica e on job, acompanhamento individual e desafios, e o Programa de Academia Técnica, estágios com duração de 12 meses para alunos do 12.º ano das áreas de redes, energia, robótica, automação, programação ou informática.
Para além dos programas de estágios profissionais, a Altice proporciona vários estágios curriculares e estágios de Verão. «A empresa proporciona um programa de estágios de Verão de um mês aos filhos de colaboradores – o Altice Summer Experience, que, mais que um programa de estágio, proporciona uma autêntica experiência de colaborador», garante o CCO. «Literalmente, levamos a praia até à Altice e aos seus diversos locais de trabalho, incluindo as Ilhas.
Estes estagiários têm a oportunidade de conhecer uma área da empresa à sua escolha, fazer visitas a locais emblemáticos da empresa, receber formação de preparação para inserção na vida activa, proporcionando momentos de reflexão e auto-análise e participar em acções de voluntariado.»
O programa de estágios da empresa oferece a possibilidade de iniciar um percurso profissional partilhando experiências com outros estagiários de diferentes áreas e/ou zonas geográficas. «Esta abordagem ao primeiro contacto com o mercado de trabalho possibilita o desenvolvimento de uma interessante rede de contactos, além de garantir um ambiente dinâmico e totalmente voltado para a prática», reforça.
Adicionalmente, e para além desta formação on job, os trainees (Darwins) da Altice Portugal têm acesso a um tool- kit de formação técnica e comportamental, assim como visitas a várias áreas e eventos de interesse da empresa. «Este processo tem um acompanhamento próximo proporcionado pelo orientador de estágio na área de acolhimento, assim como reuniões de acompanhamento de estágio com a Direcção de Recursos Humanos», explica. «Paralelamente, temos desenvolvido iniciativas como Open Days, Workshops, participação em desenho de planos curriculares, colaboração em teses de licenciatura, mestrado e doutoramento, participação em eventos das universidades, assim como pitch bootcamps virtuais.»
A retoma do horizonte
Há cerca de duas semanas que a Altice Portugal começou a trabalhar num plano de retoma da actividade, que está a ser liderado pelas equipas de Recursos Humanos, Património e Altice Cuidados de Saúde, e que aponta para que assim que seja dada indicação por parte do Governo, possam ser retomadas algumas actividades nos seus escritórios.
«O regresso não será feito de uma vez só, mas de uma forma gradual», salienta o CCO. «Preocupamo-nos com os nossos colaboradores, com a sua qualidade de vida e das suas famílias, bem como em favorecer um equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal e familiar, aliando a desafios profissionais aliciantes que proporcionem crescimento pessoal.»
João Zúquete da Silva defende que há ensinamentos que é preciso tirar deste período. «Em algumas funções, a manutenção de um regime controlado de teletrabalho, vai ser algo que vai ficar», acredita. «As hipotéticas acções de semanas de quatro dias no escritório e um dia em teletrabalho, e equipas que se possam revezar num sistema de rotatividade, são mecanismos que demonstram a sua viabilidade, não só fruto da qualidade das nossas redes, mas também fruto da tecnologia que temos disponível no teletrabalho.»
Repensar o papel das empresas
Gerir à distância é, também, um desafio para os líderes, pelo que num sistema de teletrabalho é essencial a confiança entre a gestão e as equipas. «É preciso confiar que caminhamos para atingir uma meta comum», faz notar. «Para isso, é fundamental definir objectivos concretos, acompanhar os colaboradores e estabelecer momentos de comunicação, que garantam um feedback contínuo.»
E João Zúquete da Silva não tem dúvidas de que é preciso compreender que as pessoas são, efectivamente, o maior activo de uma empresa, onde os conceitos de proximidade e motivação são essenciais: «Dar aos colaboradores um sentimento de pertença e de orgulho em fazer parte do projecto Altice Portugal, um projecto ambicioso e que é uma referência de desenvolvimento económico e social de qualquer país, dotando-os de oportunidades de desenvolvimento, crescimento e valorização profissional, para que se sintam confiantes, motivados e respeitados no papel que desempenham.» As empresas viram-se confrontadas com a necessidade de tomar medidas drásticas, como colocar mais de 90% das suas pessoas em teletrabalho em menos de duas ou três semanas, «não havendo tempo para pensar de forma estruturada e com profundidade os diferentes temas de Recursos Humanos, e outros, dentro das empresas», relembra João Zúquete da Silva.
A pandemia veio mostrar que existem outras formas não só de trabalhar o Employer Branding, mas também, e, sobretudo, das pessoas terem outra percepção acerca do mesmo. «Uma coisa é certa: um dos desafios que nos é hoje apresentado é o de repensar o papel das empresas no panorama actual.» Quanto à Altice Portugal, a estratégia mantém-se focada no rejuvenescimento do capital humano, na aposta nas novas gerações e na preparação dos futuros líderes, mas também a retenção de talento. «Face à realidade do mercado de trabalho nacional e internacional, acreditamos que uma empresa é feita de pessoas, do seu empenho e know-how. E a Altice Portugal valoriza os seus colaboradores, elegendo a estabilidade das suas pessoas como uma prioridade», conclui.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “employer branding”, publicado na edição de Maio da Human Resources.