As consequências “silenciosas” da COVID-19

Garantir a saúde física dos colaboradores (no que possa depender das empresas) ainda é uma prioridade, porque os números da pandemia continuam a crescer a ritmo acelerado, mas preocupação maior nas organizações é a saúde mental. Este é um risco a aumentar ainda de forma silenciosa e de proporções imprevisíveis, mas os indicadores dão o alerta.

Por Ana Leonor Martins | Fotos Nuno Carrancho

 

Para além do medo pela saúde física, existe o medo pelo (des)emprego, ou simplesmente um contexto que é mais exigente e nem todos estarão “equipados” para gerir da melhor forma a actual realidade. As empresas estão a reforçar a aposta na comunicação interna e na liderança de proximidade para tentar minimizar estes efeitos, mas esta «segunda pancada» é mais forte e «não se conseguem ir buscar os níveis de energia e positivismo do primeiro confinamento. Já ninguém acredita que “vai ficar tudo bem”.» Sem certezas quanto ao futuro, mesmo com níveis de actividade em alguns casos reduzidos a (quase) zero, «é preciso não perder o foco na reinvenção do negócio» e «manter as pessoas focadas numa missão», seja um novo projecto ou a aprender coisas novas. Por outro lado, é também preciso deixar que as empresas «foquem a energia nas coisas certas».

Estiveram presentes no almoço do Conselho Editorial da Human Resources, que voltou a realizar-se no Vila Galé Ópera, em Lisboa: Catarina Tendeiro (Grupo Ageas), Clara Trindade (L’Oréal), Gonçalo Rebelo de Almeida (Grupo Vila Galé), Maria João Martins (My Change), Nuno Troni (Randstad), Pedro Fontes Falcão (ISCTE Executive Education), Pedro Ramos (TAP Air Portugal), Pedro Rocha e Silva (Neves de Almeida HR Consulting) e Vanda de Jesus (Portugal Digital).

Artigo publicado na Revista Human Resources n.º 119 de Novembro de 2020

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