Cantanhede, Mira e Mealhada avaliam saúde mental dos cuidadores informais

Os municípios de Cantanhede, Mira e Mealhada partilham um projecto destinado a avaliar a saúde mental dos cuidadores informais no seu território.

Em comunicado, a Câmara de Cantanhede, liderada por Helena Teodósio, informou que após ter participado sozinha numa primeira versão do CuidiN, entre 2020 e 2023, «volta a assumir-se [como] investidor social no projecto», agora alargado aos dois municípios vizinhos e à empresa de laticínios Lactogal.

Os quatro parceiros «pretendem intervir na mitigação do problema social crescente associado à deterioração da saúde mental e das condições de bem-estar dos cuidadores informais».

O CuidIn 2.0 vem dar continuidade ao projecto inicial, apenas em Cantanhede, que permitiu a triagem e o registo de 729 cuidadores informais, dos quais 194 capacitados, distribuídos pelas 14 freguesias deste concelho, no distrito de Coimbra.

Entre profissionais e voluntários, durante três anos, estiveram envolvidos 122 monitores em acções de capacitação directa aos cuidadores.

«Com o CuidIn 2.0, o objectivo é ir mais longe e avaliar a saúde mental dos cuidadores informais, que se debatem com um conjunto de desafios e dificuldades, seja a nível económico, social ou emocional», segundo a nota enviada à agência Lusa.

Está prevista a realização de 1296 entrevistas nos três municípios, «para mapeamento e diagnóstico, das quais resultará a integração de 360 cuidadores no programa de capacitação».

«A meta é que no final 70% de cuidadores revelem uma melhoria da percepção de saúde mental e bem-estar e que 50% apresentem redução de biomarcadores de stress», adiantou a Câmara de Cantanhede.

O Cuidin 2.0 visa «dotar o cuidador informal de ferramentas e estratégias para melhor gerir a sua autonomia, confiança e bem-estar, promover a literacia em saúde e do cuidado», seus direitos e deveres, bem como «envolver voluntários e futuros cuidadores capacitados e sensibilizados para actuarem como reforço» de uma rede de apoio e suporte.

Na comissão de acompanhamento, têm assento representantes dos investidores sociais, Unidade Local de Saúde de Coimbra, Segurança Social, Associação Cuidadores Portugal, Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis e Rotary Club de Cantanhede.

O projecto de inovação social é promovido pelo Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra.

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