CIONET identifica competências para se ter sucesso na era das TIC

A comunidade de CIOs acredita que os profissionais de TI devem ser capazes de actualizar continuamente as suas capacidades a fim de se adaptarem, ao longo da carreira, aos novos paradigmas sociais, sistémicos e tecnológicos. A CIONET apresenta ainda as profissões que deverão surgir brevemente no mercado tecnológico.

De acordo com a comunidade, existem vários temas que estão e vão continuar a influenciar o mercado cada vez mais competitivo das TIC, nomeadamente:

  • Longevidade aumentada – Ao aumentar a esperança de vida no geral, a natureza da aprendizagem e das carreiras muda também, bem como as necessidades deste novo segmento.
  • Sistemas e máquinas inteligentes – A automação do trabalho leva a que as equipas deixem de realizar tarefas mais repetitivas e que lhes passem a ser exigidas competências mais analíticas.
  • Inteligência interconectada – O grande investimento em sensores e a maior capacidade de processamento das máquinas faz surgir sistemas programáveis, fazendo com que certas profissões assentem sobre a pilotagem de drones e robots.
  • Literacia não-textual – Novas ferramentas de comunicação exigem novos conhecimentos de media. Estas novas formas vão passar mais pelo vídeo e fotografia do que  pelo texto.
  • ‘Mashups’ organizacionais – Tecnologias sociais conduzem a novas formas de produção e à criação de valor. Esta mudança de conceito assume uma quebra de barreiras organizacionais e departamentais, passando por modelos transversais e competências mistas.
  • Adaptabilidade multicultural – Com o aumento de interconetividade global, a diversidade e a adaptabilidade serão colocadas no centro das operações organizacionais.

 

Num futuro próximo, surgirão funções que vão transformar algumas das necessidades actuais em oportunidades profissionais, as quais vão abordar os seguintes desafios:

  • Integração sensorial – À medida os sistemas aumentam a sua capacidade de processar informação e de se integrar com humanos, surge uma profissão multidisciplinar de especialista de desenvolvimento de interfaces humanos-máquina.
  • Inteligência social – A proliferação de redes e sistemas baseados em comunidades irá gerar grandes discrepâncias de conhecimento e adaptabilidade a novas realidades, dando espaço ao analista social.
  • Competências multiculturais – Com a globalização, a proximidade dos mercados, dos povos e das culturas, surgem comunidades de interesses profissionais, sociais e culturais, apoiadas pela função do gestor de comunidades.
  • Transdisciplinaridade – Com a integração de áreas complementares surgem novos especialistas transdisciplinares como os nano-biólogos e bio-tecnólogos.
  • ‘Mindset’ de ‘design’ – Com o desenvolvimento da economia de experiências e o crescimento de uma cultura de ‘design thinking’, surgirão desenhadores de ambientes e de experiências de cliente.
  • Competências informacionais – A gestão e investigação de grandes quantidades de dados deverão criar uma nova profissão informacional, a do investigador ‘big data’, com aplicações na saúde, na justiça e na educação.