Coimbra acolhe a “maior feira de emprego do Centro” com mais de 100 empresas

Decorre até hoje aquela que é considerada a maior feira de emprego da região Centro e conta com a presença de mais de 100 empresas multinacionais, nacionais e regionais, anunciou a organização.

 

Promovida pela Universidade de Coimbra (UC) e pela Associação Académica de Coimbra (AAC), o evento, que decorre no pavilhão 1 do Estádio Universitário, «promete ser o principal ponto de encontro entre os talentos universitários e o mercado de trabalho», proporcionando estágios e ofertas de emprego aos estudantes e recém-diplomados de cursos de licenciatura, mestrado ou doutoramento.

Em declarações à Lusa, Nuno Mendonça, pró-reitor da UC, explicou que esta segunda edição da Feira de Emprego (a primeira foi em 2023) logo que foi anunciada, teve «uma adesão muito rápida das empresas, que aproveitam a proximidade com os estudantes para contactar diferentes áreas científicas».

Dados da organização sustentam que as 105 empresas participantes – 22 internacionais, 58 nacionais e 25 regionais – procuram, primordialmente, recrutar futuros colaboradores nas áreas da economia, gestão, contabilidade, engenharia e saúde.

Nuno Mendonça avançou alguns números relativos à primeira edição da Feira de Emprego, destacando o exemplo da Accenture, multinacional na área da consultoria, que, ao instalar-se em Coimbra contratou 90 estudantes «da feira do ano passado para este ano».

Outros dados mostram que empresas localizadas na Figueira da Foz (o município mais industrializado do distrito), como a Celbi, do grupo Altri (17 estudantes) ou a Microplásticos (quatro estudantes), também captaram novos talentos na feira organizada pela UC e AAC.

O pró-reitor para a área da Relação com as Empresas lembrou ainda que cerca de 65% dos estudantes da UC são de fora do distrito de Coimbra, tendo a instituição «a capacidade de atrair esses alunos para Coimbra».

«E essas empresas mostram um caminho para fixar aqui os alunos, ao também se fixarem cá. Do ponto de vista da relação com as empresas e do desenvolvimento económico à volta da Universidade, esse é um caminho que merece o nosso empenho», declarou.

O pró-reitor notou, no entanto, que a feira não resulta, especificamente, num aumento da empregabilidade – na Universidade de Coimbra esta possui «níveis bastante elevados, acima dos 96%» – mas sim em novas dinâmicas entre potenciais empregadores e futuros colaboradores.

«O que percebemos é que há uma vontade e uma dinâmica das empresas de desenvolverem contactos com os alunos o mais cedo possível, seja através da feira, seja através de programas direccionados que estamos também a desenvolver dentro da universidade», sublinhou Nuno Mendonça.

Nessas iniciativas, incluídas no programa Factory Academy, as empresas «dão formações em sectores relacionados com aquilo que precisam e complementam a formação que o aluno tem. Depois, no final do programa, escolhem os alunos com que querem ficar e querem contratar», acrescentou.

Deste modo, defendeu Nuno Mendonça, a Feira de Emprego não pode ser vista «isolada, por si só», mas sim integrada numa estratégia de empregabilidade da Universidade de Coimbra concretamente no aumentar do valor dos recursos humanos por si formados.

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