Como vai a automação afectar o emprego?

Segundo um relatório da OCDE publicado esta semana, em Portugal não existem dados suficientes para analisar o impacto que a automação terá no emprego. Mas, a nível geral, os dados não são animadores.

 

De acordo com o relatório intitulado “Criação de Emprego e Desenvolvimento Económico Local 2018 – Preparando para o Futuro do Trabalho”, que analisou a evolução da economia e do emprego nos países membros, desde 2011, 48% dos empregos correm o risco de serem substituídos por máquinas. Mas, em relação a Portugal, a organização internacional concluiu que há falta de informação que permita uma análise a nível nacional.

Quanto a profissões, o estudo revela que as que correm o maior risco de desaparecer (para os seres humanos) são as de motorista (incluindo de transportes públicos), assistente de preparação de alimentos ou operadores de máquinas e mineiros. Mas ressalva que 60% das regiões, dos países que disponibilizaram dados à OCDE, têm casos de sucesso de substituição dos empregos “velhos” por novos, ligados às tecnologias que entram nos mercados.


Lisboa é a região que mais criou emprego
Segundo o relatório da OCDE, a economia nacional cresceu 1,3 pontos percentuais no período 2011-2016, mas faz notar que estes resultados mascaram as diferenças a nível regional. Lisboa liderou a criação líquida de postos de trabalho (60%), enquanto que a maior perda de emprego se registou no Norte (64%).

Ao analisar os números do emprego e desemprego em Portugal, constata-se que o País tem valores semelhantes à média de OCDE, em termos de emprego e cinco pontos percentuais em cima da média, quanto à taxa de desemprego (dados de 2016).

Mas 55,4% dos desempregados eram-no há mais de um ano, percentagem referida como “significativamente maior” do que a média dos países-membros.  A região centro de Portugal é a possui a menor taxa de desemprego (9%) e a Madeira a maior (13,6%).

Pode consultar o relatório na íntegra aqui. 

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