Concerto para uma Árvore + 7 Poemas para um Mundo Novo realiza-se este domingo e é gratuito
A Fábrica da Pólvora de Barcarena vai ser palco do Concerto para uma Árvore + 7 Poemas para um Mundo Novo, com criação e interpretação de Fernando Mota, no dia 10 de Outubro, a partir das 17H00. A entrada é gratuita.
Concerto para uma Árvore marca o início de uma pesquisa à volta de objectos sonoros e instrumentos musicais experimentais criados a partir de árvores e outros materiais naturais.
O instrumento Hárvore foi criado a partir de um carvalho cortado numa limpeza de terrenos na Serra de Montemuro em Fevereiro de 2020. Durante a quarentena esta pequena árvore foi-se lentamente transformando num instrumento musical, com cordas esticadas entre os seus ramos e sinos em lugar de flores. É tocado com as mãos, pauzinhos chineses, arco de violino, powerball, slide, pedras e troncos.
Este e outros instrumentos desta pesquisa, como a Ramira e a Birdcage, fazem parte de um concerto que é a primeira paragem de um caminho que se adivinha longo e que englobará outras ramificações como os sistemas de comunicação e simbiose entre plantas e árvores e a pesquisa poética sobre a velhice e a memória.
7 Poemas para um Mundo Novo consiste num conjunto de sete pequenos filmes (três a cinco minutos) inspirados pela recente pandemia global, pela nossa relação com o nosso planeta e a natureza, e pela pesquisa e criação de instrumentos musicais experimentais a partir de árvores, ramos e outros materiais naturais.
Cada um dos filmes mostra um destes instrumentos tocados por Fernando Mota em locais ao ar livre que simbolizam os vários elementos naturais: Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água. Nalguns é a própria Natureza que é “tocada”, experimentando novas formas de produzir som musical.
Para cada filme pedimos a um autor português que escrevesse um poema partindo da sua reflexão sobre o período de quarentena e o Mundo que sonha ou que teme que aí venha, uma mensagem de esperança ou de revolta, um manifesto para um Mundo Novo. E convidámos sete atores para ler estes poemas de Andreia C. Faria, António Barahona, Joana Bértholo, José Luís Peixoto, Marcos Foz, Vasco Gato e de Mário Cesariny.