Conheça as tendências de consumo para 2018
Mais eventos em directo e mais subscrição de serviços digitais são algumas das tendências que a Deloitte prevê para 2018 e anos seguintes, na 17.ª edição do estudo “Technology, Media & Telecommunications (TMT) Predictions”.
De acordo com o estudo, em 2018, as transmissões em directo serão responsáveis por mais de 545 mil milhões de dólares de receitas directas. Apesar de os consumidores terem a possibilidade de consumir conteúdos on demand, o consumo de conteúdos em directo está a aumentar.
Também a subscrição de conteúdos digitais está a atrair cada vez mais consumidores, prevendo-se que até ao final de 2018, 50% da população adulta nos países desenvolvidos possua duas subscrições digitais, um crescimento de 20% face ao ano anterior. Até ao final de 2020, esse valor irá duplicar para quatro, elevando para mais de 680 milhões o número de subscrições de serviços digitais. Entre os principais conteúdos subscritos estão séries, música e jogos online.
«Este aumento nas subscrições de conteúdos digitais de media está sobretudo relacionado com a maior capacidade de banda larga existente, a existência de mais dispositivos, com ecrãs cada vez maiores, e a facilidade de adesão aos serviços. Os consumidores querem acesso a conteúdos exclusivos, quando e onde lhes for mais conveniente. Por outro lado, querem também acompanhar em directo os eventos mais relevantes, para que possam partilhar opiniões e experiências em tempo real, nas redes sociais e noutros canais», explica Sérgio do Monte Lee, partner e Technology, Media & Telecom Leader da Deloitte.
O futuro dos smartphones
Relativamente à mobilidade ubíqua, a aquisição de smartphones vai continuar a aumentar de forma muito significativa. Em 2023, estima-se que sejam vendidos 5 milhões de smartphones por dia, o equivalente a 1,85 mil milhões de unidade por ano e a 650 mil milhões de dólares em vendas (350 dólares por dispositivo). Os utilizadores vão interagir mais com estes equipamentos, numa média de 65 vezes por dia, um aumento de 20% face a 2018.
O “TMT Predictions 2018” indica que a utilização de rede móvel vai passar a ser cada vez mais universal. De acordo com as previsões, um quinto dos norte americanos vão utilizá-la como único ponto de ligação à internet nos seus lares. Ainda assim, esta realidade vai variar entre países, sobretudo devido a factores tecnológicos, económicos e demográficos. Em alguns países europeus este cenário irá aplicar-se a apenas 10% dos lares.
Em 2018, estima-se que mil milhões de viagens de avião (25%) tenham acesso a conectividade, um aumento de 20% face ao projectado em 2017. Este número representa um total de mil milhões de dólares em receitas. O estudo revela que 90% dos passageiros estão dispostos a trocar de lugar, para um pior, para ter acesso a conectividade. No mesmo sentido, apenas 20% prefere ter uma refeição do que ligação à internet, durante a sua viagem.
«O estudo prevê que cerca de metade dos inquiridos estão preocupados com a utilização excessiva do smartphone e, provavelmente, irão procurar limitar a sua utilização em 2018. A verdade é que estes dispositivos substituem actualmente várias ferramentas, como o relógio, o calendário, o gps, a rádio, a máquina fotográfica, entre outras, e por isso vemos com alguma naturalidade que haja uma maior utilização dos smartphones», refere Sérgio do Monte Lee.
Consumo de televisão tradicional com ligeiro decréscimo – O estudo prevê um ligeiro declínio no consumo de televisão tradicional entre a população mais jovem, dos 18 aos 24 anos, de 5 a 15% nos EUA, Canadá e Reino Unido, entre 2018 e 2019. Esta taxa é muito semelhante às dos últimos sete anos e não se está a agravar. Muitos dos factores que afastaram os jovens da televisão tradicional, como os smartphones, redes sociais e videojogos, estão a atingir um ponto de saturação.
Rápido crescimento do machine learning – De acordo com as previsões, até ao final de 2018, as organizações deverão duplicar a utilização de tecnologia machine learning (aprendizagem automática), com o objectivo de tornar os processos mais ágeis, económicos e rápidos. O desenvolvimento de novos chips semicondutores, que permitirão que as aplicações utilizem menos energia e sejam mais rápidas, flexíveis e capazes, é uma das áreas que mais recorrerá a esta tecnologia.
Realidade aumentada é quase uma realidade – Este ano, mais de mil milhões de utilizadores de smartphones irão criar conteúdos de realidade aumentada, pelo menos uma vez. Cerca de 300 milhões vão fazê-lo mensalmente e dezenas de milhões semanalmente.
Crescimento dos #adlergic – Muito embora três quartos dos residentes norte-americanos recorram a, pelo menos, um tipo de bloqueios de anúncios, apenas 10% destes o faz de quatro ou mais formas – a designada população “adlergic”. Os consumidores mais jovens, com formação superior, emprego e rendimentos mais elevados, deverão tornar-se mais “adblokers”.
Pode consultar o estudo completo aqui.
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