Desemprego pode ultrapassar 8% em Junho (e ultrapassar os 15% em alguns concelhos)

Em Junho, a taxa de desemprego poderá ultrapassar os 8%, com mais de 60 concelhos a nível nacional a ultrapassar os 10%. A conclusão é dada pelas projecções do dashboard COVID-19 Insights, uma iniciativa da COTEC Portugal e da NOVA Information Management School (NOVA IMS).

 

O dashboard mostra que vários concelhos da região do Algarve poderão mesmo ultrapassar 15% de desempregados.

A este propósito, Jorge Portugal, Director-geral da COTEC, sublinha que «os apoios públicos concedidos às empresas têm sido um instrumento importante para conferir resiliência ao mercado de emprego, especialmente nos setores mais expostos aos choques dos sucessivos confinamentos. É importante agora ter um plano de re-abertura da economia de forma segura e gerador de expectativas positivas nos agentes económicos».

As mais recentes projecções do dashboard COVID-19 Insights indicam ainda que estarão reunidas condições para iniciar o desconfinamento no final da primeira quinzena de Março.

De acordo com este modelo, a 14 de Março, o número de novos casos diários irá aproximar-se de 140, enquanto o total de internados deverá rondar os 1400. O número de internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) não deverá ser superior a 240. Estima igualmente que a taxa de reprodução, Rt, seja já inferior a 0.7, podendo descer abaixo de 0.6 a partir do início de março, o que indicia que a incidência continuará em fase descendente.

As previsões para esta data estão assim abaixo dos três principais critérios de segurança que devem guiar um desconfinamento: Incidência abaixo dos 366 casos diários, a que correspondem 50 casos acumulados, em 14 dias, por 100.000 habitantes; Hospitalizações abaixo de 1500, ou seja, 85% da capacidade instalada idealmente alocada a internamentos COVID e Internamentos em UCI abaixo dos 242 casos – 85% da capacidade instalada idealmente alocada a internamentos COVID.

«Tudo indica que, a meio do mês de março, teremos atingido os patamares de segurança que nos permitem começar a levantar as restrições à mobilidade dos cidadãos. É importante, no entanto, lembrar que o desconfinamento deverá ser, idealmente, progressivo, iniciando-se por atividades de menor risco e avançando para actividades de risco progressivamente maior», afirma Pedro Simões Coelho, presidente do Conselho Científico da NOVA IMS e coordenador deste projecto.

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