Dez práticas que tem (mesmo) de ter na sua empresa se quiser atrair e fidelizar talento

Num mercado de trabalho em rápida e constante evolução, com especial aceleração desde a pandemia, um dos grandes desafios das empresas prende-se com a atracção e fidelização de talento. Um bom salário, por si só, já não é suficiente para despertar o interesse e compromisso dos profissionais mais qualificados. O Comparaja revela algumas estratégias para atrair e fidelizar talento.

 

São elas:

 

1. Anúncio de oferta de emprego apelativo e transparente
Este esforço pode, e deve, iniciar-se desde logo na atracção. É importante que o anúncio de oferta de emprego descreva, de forma apelativa, as funções, competências, benefícios oferecidos e bons motivos para o candidato querer juntar-se à equipa. Seja transparente para evitar expectativas irrealistas.

 

2. Perfil e valores da empresa claros
Se os valores da empresa forem claros, torna-se mais fácil encontrar e contratar profissionais adequados que se identifiquem com esses valores e que, por isso, se enquadrem bem na organização e colaborem com compromisso. É de assinalar que as novas gerações tendem a preocupar-se não só com o que a empresa traz para si enquanto empregador, mas também com o contributo que tem para a sociedade e com as causas que defende, tais como o ambiente ou a sustentabilidade.

 

3. Promoção de um bom ambiente de trabalho
As equipas de liderança devem estar atentas a eventual má gestão interna, conflitos entre colaboradores ou com superiores, ambiente hostil e desgaste físico e emocional. Já diz o velho ditado que é sempre melhor prevenir do que remediar, pelo que é fulcral saber antecipar problemas e insatisfação.

 

4. Definição de objectivos realistas
Um trabalho que estabeleça metas inalcançáveis causa pressão e desmotivação nos colaboradores. Cabe, por isso, à empresa desafiar os seus colaboradores a atingirem mais e melhores resultados, sim, mas com o cuidado de não exigir demasiado de forma constante.

 

5. Escuta activa
Para a retenção de talento, é importante que as equipas de liderança sejam acessíveis e ouçam as necessidades e opiniões dos colaboradores. Quando a empresa considera as opiniões de um colaborador construtivas, este sente-se valorizado e incluído no processo, o que irá fomentar uma cooperação mútua e bidireccional.

 

6. Reconhecimento
Muitas vezes, a falta de reconhecimento é apontada como motivo de insatisfação profissional e vontade de mudança. Lembre-se de valorizar e felicitar os seus colaboradores pelas suas conquistas, de forma que estes sintam que o seu esforço e tempo investido valem a pena e não passam despercebidos.

 

7. Promoção interna
A estagnação profissional provoca frustração, desmotivação e possível vontade de mudança. Apresentar oportunidades de crescimento, novos desafios e possibilidade de evoluir e fazer carreira dentro da empresa leva os colaboradores a sentirem-se úteis e motivados. É benéfico também para a empresa manter a longo prazo, e com crescente responsabilidade, talentos familiarizados e envolvidos com todo o funcionamento da organização.

 

8. Flexibilidade
O equilíbrio entre vida profissional e vida pessoal e familiar é cada vez mais decisivo para as pessoas e para a fidelização de talento. Proporcionar flexibilidade de horário e/ou possibilidade de teletrabalho mostra compreensão e empatia para com as necessidades extralaborais dos colaboradores, o que, além de aumentar os níveis de satisfação, permite que os colaboradores se possam focar melhor na hora de trabalhar.

 

9. Benefícios sociais e compensações
Além de investir numa cultura organizacional agradável e favorável, é também importante a aplicação de benefícios complementares ao pacote salarial. E isto pode ser feito sem aumentar os custos para a empresa.

10. Incentivo à formação e desenvolvimento de competências
O incentivo à formação dos colaboradores é fundamental, quer para estes, quer para a empresa. Por um lado, demonstra valorização e intenção de manter os talentos por muito tempo. Por outro, contribui para o alinhamento das competências face aos propósitos que a empresa pretende alcançar e ainda torna a empresa mais competitiva por ter talentos com constante actualização de conhecimentos e aptidões.

Esta estratégia pode traduzir-se em programas de formação interna, mentoria e coaching, parcerias com instituições de ensino ou reembolsos formativos.

Em suma, a relação entre empresa e colaboradores quer-se mutuamente benéfica. Se a empresa realizar esforços no sentido de garantir a valorização e satisfação dos seus profissionais, é bastante mais provável que estes, em contrapartida, se empenhem também mais em alcançar os objectivos colectivos e em promover a imagem da empresa como um sítio onde bons talentos querem trabalhar a longo prazo.

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