Dinheiro é sinónimo de felicidade?

O valor do dinheiro está a mudar. Cerca de seis em cada 10 pessoas, a nível mundial, acredita que é preciso habituarem-se a viver com menos dinheiro do que há uns anos e 84% gostaria de ver os pais a ensinar aos filhos a serem felizes com menos.

 

A conclusão é do Havas Worldwide Prosumer Report que, nesta edição, surge sob o mote “Money, Money, Money: Attitudes Toward Credit, Consumption and Cryptocurrency”. O mesmo relatório revela ainda que o “dinheiro ainda pode contribuir para a felicidade, mas apenas se for gerido de forma sábia”.

Resultado de inquéritos a perto de 12 mil pessoas de 37 mercados, o relatório conclui que também a relação entre os consumidores e a economia mundial está a mudar. A confiança está abalada, com 68% dos consumidores a mostrarem-se preocupados relativamente à recessão económica global e 62% a temer um colapso dos mercados financeiros. Existe ainda uma percentagem elevada (68%) de pessoas preocupadas com a falta de dinheiro quando forem mais velhos.

Paralelamente, o Havas Worldwide Prosumer Report indica que os consumidores estão a repensar o conceito de capitalismo. À medida que o fosso entre ricos e pobres aumenta, a crença de que trabalho árduo é sinónimo de recompensa financeira está a esmorecer. Mesmo em sociedades com uma base tradicionalmente meritocrática, regista-se uma alteração na confiança da população no sistema: já não estão convencidos de que a riqueza é distribuída de forma justa.

A quarta conclusão do estudo envolve o mundo bancário. Segundo os dados do relatório, os bancos terão de se reinventar de modo a manter um papel significativo na vida das pessoas. Um terços dos inquiridos da geração millennial considera que os bancos tradicionais estão ultrapassados e um quinto acredita que desaparecerão por completo até ao final deste século. A Bitcoin poderá ser um dos caminhos.

O relatório foi realizado pela Havas Worldwide em parceria com a Market Probe International e incluiu países como Portugal, Argentina, China, Brasil, Itália, México, Estados Unidos da América, África do Sul, Reino Unido e Espanha.

Fonte: Marketeer

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