É isto que os jovens valorizam cada vez mais (para além do salário) quando estão a avaliar uma proposta de emprego

Quando enviam um CV para uma empresa, os jovens consideram que o salário continua a ser um factor determinante mas não só, as iniciativas de igualdade, diversidade e inclusão tomam cada vez mais relevância. Estes são alguns dos resultados do inquérito Merck ‘Sustentável ou nada. O futuro que os millennials e a geração Z da Europa querem (parte 1)’, promovido pela Merck com o apoio técnico do GAD3.

Já sobre os atributos mais importantes para quem lidera, a escolha recai sobre a transparência, honestidade e coragem, apontados pela maioria dos jovens portugueses como atributos de um chefe ideal. O compromisso com a equipa é, para os portugueses e a geração Z, o segundo atributo mais frequente, embora sem atingir a maioria.

Para os jovens europeus, o tema da sustentabilidade é a prioridade e os portugueses não são excepção. 90% dos jovens portugueses inquiridos estão dispostos a alterar os hábitos de consumo para reduzir a pegada de carbono, um aspecto que os destaca dos congéneres europeus (oito valores abaixo). Ao observarmos diferenças entre gerações, os millennials estão mais envolvidos com a sustentabilidade do que a geração Z, a qual se preocupa mais com a igualdade de género, diversidade e inclusão como pilares para um futuro melhor.

Embora existam diferenças entre as gerações no que diz respeito ao peso da igualdade, diversidade e inclusão na construção de um futuro ideal para os jovens portugueses, o estudo Merck reflecte que este é um tópico comum de conversa tanto para a geração Z como para os millennials. Ao todo, 37% dos portugueses discutem o tema, um valor acima dos 33% de média europeia. Olhando especificamente para as gerações, 45% dos jovens dos 18 aos 24 anos dizem que esse tópico surge com frequência, em comparação com 31% dos jovens dos 25 aos 35 anos.

A nível nacional, se fosse dada aos jovens a responsabilidade de escolher quais os desafios globais a enfrentar no caminho para o futuro a que aspiram, a maioria dos millennials escolheria resolver o cancro; na geração Z, cerca de 48% escolheriam resolver as ameaças ambientais, em pé de igualdade com o cancro.

O estudo Merck quis ainda saber onde investiriam os jovens se fossem líderes do Governo. Em Portugal, 54% apostariam mais no investimento em investigação científica e tecnológica logo seguida pela criação de políticas de protecção ambiental.

O estudo revela que 85% dos jovens em Portugal dizem respeitar o ambiente, percentagem idêntica à da média europeia; 60% dos jovens portugueses, versus 52% dos europeus, consideram a educação e o talento um dos principais pilares para a construção de uma sociedade sólida e sustentável.

Sete em cada 10 jovens portugueses consideram importante a saúde física e emocional, valor 12 pontos superior ao verificado entre os restantes europeus no seu conjunto.

Os millennials em Portugal (40%) são os que mais realçam a investigação e a medicina como os aspectos mais importantes na sequência da COVID-19 (contra 35% no geral).

Quanto às áreas onde investiriam mais se pudessem, a geração millennial está muito mais comprometida com a investigação científica e tecnológica do que a geração Z (59% contra 47%).

De entre os profissionais de saúde, cientistas, atletas de elite ou empresários de sucesso, se tivessem que escolher um herói 62% dos jovens portugueses escolheriam os primeiros (mais 10 pontos percentuais que a média europeia).

O inquérito foi realizado através do método CAWI (online), em Maio de 2022 a uma população portuguesa com idade entre os 18 e os 35 anos. Foram recolhidas e validadas 612 entrevistas, com uma margem de erro: ±4,1% para um nível de confiança de 95,5% (dois sigma) e no pior cenário de P=Q=0,5 no pressuposto de amostragem aleatória simples.

O inquérito Merck ‘Sustentável ou nada. O futuro que os millennials e a geração Z da Europa querem (parte 1)’, promovido pela Merck com o apoio técnico do GAD3 contou com a participação de 6119 jovens entre os 18 e 35 anos (612 dos quais portugueses) de dez países europeus (Portugal, Alemanha, Áustria, Espanha, França, Hungria, Itália, Noruega, Polónia e Reino Unido). Um estudo feito no ano que a União Europeia elegeu como “Ano Europeu da Juventude”, essencial para a construção de um futuro melhor: mais verde, mais inclusivo e digital.

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