É preciso mudar de mentalidade institucional para inteligência de plataforma

Um foco no trabalho remoto requer uma mudança mental institucional para uma inteligência de plataforma, que envolve a identificação dos activos  que são críticos dos que são contextuais.

 

Por Abílio Duarte, NTS by agap2IT Unit Manager

 

A pandemia coronavírus está a afectar a vida de milhões de pessoas e já estamos a sentir o impacto que esta tem e continuará a ter na economia global.

O trabalho remoto é o recurso da maioria das empresas como um meio de praticar o distanciamento social durante a pandemia de COVID-19 em resposta as directivas da Organização Mundial da Saúde para evitar a propagação do novo coronavírus. E é um exemplo de transformação do negócio que funciona em vários níveis. Atende às necessidades dos colaboradores individualmente, fornece às empresas novas maneiras resilientes e adaptáveis ​​de se envolverem com o seu ecossistema e agregar valor económico e atende à comunidade em geral, respondendo às necessidades da saúde pública.

 

Compromisso com transições organizacionais

Para além de ser necessário tomar decisões tecnológicas claras e decisivas, também é importante definir e adoptar qual a melhor forma de gerir a transição. Um requisito obrigatório é a gestão de topo das empresas comunicarem a mudança e o que esta significa para a organização, com mensagens claras, concisas e consistentes.

À medida que as fronteiras da vida pessoal e profissional se diluem, a comunicação aberta e frequente é essencial para definir expectativas sobre como os grupos são agregados e como  os mesmos colaboram.

Essencialmente, um foco no trabalho remoto exige que os líderes adoptem a gestão de mudanças organizacionais para reimaginar o futuro das suas organizações e como os seus colaboradores podem trabalhar e ser tão ou mais produtivos. Requer uma mudança mental institucional para uma inteligência de plataforma, que envolve a identificação dos activos  que são críticos dos que são contextuais.

Como a pandemia COVID-19 tem demonstrado, é necessário estarmos preparados para uma variedade de cenários que nos permita mover o mais rápido possível de uma maneira ágil, adaptável e eficaz.

 

Como coordenar as equipas?

Quando pensamos em configurar uma equipa remota em algum lugar, seja por falta de recursos, seja para ter mais flexibilidade nos projectos ou infelizmente por causa de uma pandemia, é fundamental definir a organização e comunicação. Primeiro, as equipas são estabelecidas através de uma metodologia específica, onde a contribuição de todos é bem definida e monitorizada. Desta forma, limitamos a probabilidade de duplicação de tarefas ou de refazer o trabalho que alguém já fez. Reuniões diárias curtas com uma agenda bem definida, assim como uma ferramenta de gestão e controlo das tarefas que devem ser atualizadas diariamente para quem está a gerir um grupo tenha sempre a informação o mais atualizada possível.

Muitas organizações não estão preparadas para este cenário. Entidades financeiras são um bom exemplo disso, mas mesmo as empresas de software por vezes não têm o conhecimento necessário para implementar as melhores práticas. Tendo em consideração a situação actual no mundo temos recebido cada vez mais pedidos de ajuda de novas empresas de diferentes pontos do globo para auxiliar a configurar equipas remotamente, definindo em conjunto qual a melhor estratégia e tendo em consideração os objetivos pretendidos, a cultura da organização e dos seus colaboradores. O objectivo passa por estabelecermos primeiro os canais e procedimentos corretos com vista a construção de uma equipa que se enquadre nos mesmos.

Esta é a prova de que a tecnologia e a sua constante evolução são necessárias para fazer face a situações inesperadas. Urge fazer uso da tecnologia de que dispomos e suas ferramentas para que a distância física se dissipe à distância de um click.

 

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