Empresas em Portugal querem investir em saúde

Mais de metade das empresas portuguesas – 56 por cento – tem a intenção de investir em programas de prevenção e bem-estar para reduzir riscos de saúde, no universo dos inquiridos no âmbito da mais recente edição do EMEA Healthcare Survey, estudo conduzido pela Mercer Marsh Benefits.

O estudo, que contou com a participação de mais de 500 empresas em 16 países da região da Europa, Médio Oriente e Ásia, mostra também, nos dados relativos a Portugal, que, em 2011, o peso dos custos com os benefícios de saúde nas empresas portuguesas alcançava os 2,9%, face a uma média geral de 3,9%.

O relatório mostra também, no seu retrato relativo às tendências com os cuidados e benefícios de saúde, que em Portugal os colaboradores estão ausentes por doença em média seis dias por ano, «um aumento significativo face à média de quatro dias da edição de 2010», pode ler-se no relatório. Apontada como uma das principais causas de absentismo está a saúde mental, com destaque para o stress, lado a lado com o cancro. Por isso, para 47% das empresas portuguesas inquiridas neste estudo, «a gestão do stress e doenças psíquicas no local de trabalho é um dos objectivos mais importantes relativamente ao absentismo e produtividade».

«Este aspecto contribui para que as empresas se foquem cada vez mais em iniciativas que promovem o bem-estar e saúde dos colaboradores, como uma ferramenta para combate do absentismo e presentismo», consideram os responsáveis da Mercer.

Nas palavras de Paulo Fradinho, Business Leader da Mercer Marsh Benefits em Portugal, «acreditamos que esta é uma área de reflexão e uma oportunidade para as empresas que estão a tentar “fazer mais com o mesmo”. É possível ter um plano de saúde por um valor muito interessante e há muito para fazer no domínio da promoção de Saúde, Gestão do Risco e Prevenção. Colaboradores saudáveis fazem empresas saudáveis e estas apresentam melhores resultados. Por este motivo, a saúde é um investimento a que as empresas têm que estar atentas».