EPGFA: Um ensino aproximado ao mundo empresarial

Como estrutura da Faculdade de Ciências Humanas, a Escola de Pós-Graduação e Formação Avançada (EPGFA) promove um leque diverso de cursos e formações customizadas que interligam diversas áreas de saber, com o objectivo de desenvolver competências que representem um valor acrescentado para as empresas e as organizações.

 

Criada em 2007, a EPGFA da Faculdade de Ciências Humanas (FCH) da Universidade Católica Portuguesa (UCP) reúne formação avançada para executivos, pós-graduações, formações à medida e serviços de consultoria, actuando em diferentes áreas como a Comunicação Estratégica e Cultura Organizacional, Marketing de Conteúdos, Comunicação e Transformação Digital, Economia e Empreendedorismo Social, Edição e Tradução, Educação e Formação e Arte e Cultura. Nuno Goulart Brandão, novo coordenador da EPGFA, explica que o segredo do sucesso da Escola reside em agregar nas suas formações «o corpo docente da Faculdade e especialistas do mundo empresarial nas áreas de ensino lecionadas,com o objectivo de acrescentar valor aos conteúdos programáticos oferecidos». Paralelamente, todos os cursos e formações da EPGFA estão alicerçados num «ensino de proximidade e no acompanhamento directo dos formandos, de modo a que todos possam desenvolver as competências e aplica-las em projectos com tradução prática no dia-a-dia das empresas».

 

Com uma nova liderança, qual a estratégia da Escola de Pós-Graduações e Formações Avançadas da FCH para o próximo ano lectivo?
A estratégia que se visa seguir no imediato passa por trabalhar, em simultâneo, em três linhas de acção. A primeira visa continuar a apostar em cursos que, nos últimos anos, têm tido uma grande procura, em áreas tão diferentes como o Marketing de Conteúdos, os Media Sociais, a Comunicação e Psicologia Positiva nas Organizações, o Livro Infantil e a Filosofia para Crianças, para mencionar apenas alguns exemplos. Contamos actualmente com 13 pós-graduações, cinco formações avançadas e um curso de curta duração.

Numa segunda linha de acção, visa-se dar corpo a novos projectos que já estão em fase final de desenvolvimento e que iremos oferecer a partir de 2020, aproveitando o facto de termos um corpo docente altamente especializado em áreas muito diversas e que são cada vez mais requisitos para acções de formação, não apenas em Portugal, mas também no estrangeiro. A terceira linha de acção é proporcionar às empresas formação à medida das suas necessidades e que podem ser desenvolvidas em conjunto com cada empresa interessada.

 

E quanto a novidades na oferta da EPGFA para 2019/2020, o que pode destacar ao nível de pós-graduações?
Entre os cursos novos, com candidaturas já abertas, destaco as pós-graduações em Comunicação em Saúde Pública, em Gestão de Projectos de Cooperação para o Desenvolvimento, e em Psicologia do Sono.

Com início neste mês de Setembro, a pós-graduação em Comunicação em Saúde Pública é um programa multi e inter-disciplinar, que visa potenciar competências de comunicação em profissionais de saúde (ou outros) que estejam ou pretendam estar na primeira linha de contacto com os cidadãos e que, em determinado momento, tenham de lidar com questões que envolvam o bem-estar das pessoas. É de facto fundamental o incremento da literacia e numeracia em saúde, fundamentada numa comunicação eficaz para e com os cidadãos, baseada na evidência. Já a pós-graduação em Gestão de Projectos de Cooperação para o Desenvolvimento, com início em Outubro, visa contribuir para o desenvolvimento de competências na área da gestão de projectos de cooperação e educação para o desenvolvimento, capaz de responder às necessidades manifestadas por profissionais e agentes da cooperação para o desenvolvimento, mas também por entidades públicas, privadas e da economia social. A verdade é que escasseiam em Portugal ofertas formativas que se centrem na gestão destes projectos e, não sendo uma área nova, é cada vez mais premente.

A pós-graduação em Psicologia do Sono vem responder a uma necessidade específica de capacitar técnicos do terreno, nomeadamente psicólogos, para uma intervenção cientificamente fundamentada nos estudos mais recentes sobre o sono, bem como no domínio da educação, avaliação e tratamento dos seus distúrbios.

 

Mas há também novidades ao nível das formações avançadas…
Sim, posso adiantar duas novas ofertas, ambas bastante actuais e inovadoras. Teremos uma formação em Audiovisual: Produção, Distribuição e Consumos; e outra em Gestão da Reputação e Comunicação de Crise.

A formação avançada em Audiovisual decorre de uma parceria com a Associação de Produtores Independentes de Televisão (APIT), a produtora independente SP Televisão e o Grupo Impresa, e tem início marcado para Outubro. Esta formação não podia ser mais actual, dado o panorama audiovisual contemporâneo, marcado pela digitalização e pelo surgimento de novos players no mercado de produção e distribuição de conteúdos media. A última novidade é a formação avançada em Gestão de Reputação e Comunicação de Crise, com início marcado para Janeiro de 2020, destinada a profissionais de Comunicação, Marketing ou Recursos Humanos e, em especial, profissionais in- tegrados em consultoras ou agências de comunicação e relações públicas.

 

Quem são os principais destinatários dos programas da Escola?
A acção formativa da EPGFA visa atingir quatro tipos de destinatários: i) recém-graduados; ii) profissionais de diferentes áreas profissionais que necessitam de adquirir competências diferenciadas e específicas que os ajudem a uma maior adaptação e integração no mercado de trabalho; iii) quadros intermédios; e iv) dirigentes. A oferta formativa é construída em função das especificidades de cada tipo de destinatários, sejam eles do campo empresarial, sejam estudantes que visam continuar os seus estudos a nível de mestrado. Mas também temos alunos que tiraram mestrado e procuram depois as nossas ofertas formativas para desenvolvimento de outras competências, bem como quadros e dirigentes de empresas que procuram novos campos do saber académico para depois os poderem refletir e aplicar. Por último, potenciamos também as formações de acordo com as necessidades de cada organização. Criamos, para esse efeito, formações específicas à medida de cada empresa, sejam elas formações avançadas ou módulos de curta duração.

 

Como procuram adaptar as metodologias de ensino aos diferentes destinatários?
As metodologias de ensino são sempre adaptadas aos diferentes destinatários, bem como as próprias modalidades de avaliação. Por isso, além das tradicionais pós-graduações com avaliação específica em cada unidade curricular, temos também formações que privilegiam o desenvolvimento de projectos práticos de aplicação dos conhecimentos globais apreendidos no curso. Em termos práticos, temos tido casos de grande sucesso na aplicabilidade de estudos aplicados às organizações que os formados visam estudar, o que traz enormes mais-valias desenvolvidas por esses formandos para as empresas onde trabalham.

 

A aplicabilidade empresarial é portanto a principal mais-valia para quem frequenta os vossos programas…
Sim, para além do desenvolvimento de competências específicas sobre uma determinada área do saber e a sua aplicabilidade empresarial, os nossos programas formativos interligam diferentes disciplinas o que traz enormes mais-valias para os formandos e respectivas empresas e organizações. Em comum, todos os nossos cursos preparam os formandos para dar resposta aos actuais desafios, tendências e oportunidades do mercado empresarial.

 

Tendo sido nomeado recentemente para a coordenação da Escola, qual a principal ambição desta nova fase de liderança?
Nesta nova fase de liderança da EPGFA, pretendo aproximar a Escola do mundo empresarial, ora com projectos que sentimos que poderão desenvolver novas competências académicas e técnicas para o mercado; ora, com projectos que as empresas sintam necessidade de de- senvolvimento e nos procurem para lhes dar corpo e resposta adequada. Procuramos desenvolver continuamente formações académicas de excelência, com um cunho inovador, e assentes em valores que ajudem ao desenvolvimento e reforço de boas práticas empresariais.

Este artigo foi publicado na edição de Setembro da Human Resources.

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