Escolas acreditam no plano para atrair mais docentes, mas falha na atracção de docentes reformados

A maioria dos directores escolares acredita na eficácia do plano do ministério para atrair mais professores, mas acham pouco atractivas as medidas que visam chamar docentes aposentados ou à beira da reforma, revela um inquérito da Federação Nacional da Educação (FNE) e pela Associação para a Formação e Investigação em Educação e Trabalho (AFIET).

 

Na última semana de Setembro, 128 direcções escolares responderam a um inquérito sobre o arranque do ano lectivo e as medidas anunciadas pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), nomeadamente sobre o plano “+ Aulas + Sucesso”, que tem como objectivo reduzir o número de alunos sem aulas por falta de professores.

«Metade das escolas participantes indica que o Plano “+Aulas+Sucesso” lhes parece adequado, a que podemos somar 25% a considerarem-no muito e extremamente adequado», lê-se nas primeiras conclusões da consulta realizada pela Federação Nacional da Educação (FNE) e pela Associação para a Formação e Investigação em Educação e Trabalho (AFIET) a que a Lusa teve acesso.

No entanto, oito em cada dez directores consideram que a atribuição de uma verba para chamar docentes aposentados «é nada ou pouco atractiva», assim como o incentivo financeiro para manter nas escolas professores que estão à beira da reforma é considerado pouco atrativo para 63,3% dos directores.

Já sobre o aumento até 10 horas semanais extra aos professores, 42 escolas atribuíram horas extra a um grupo reduzido de docentes (entre um a cinco), mas «em 11,9% das escolas tiveram de ser a onze e mais» professores.

Quatro em cada dez escolas (40,6%) convidaram os professores mais velhos com redução de componente lectiva a prestar trabalho extraordinário, mas «também aqui na maior parte dos casos foi atribuída a entre um a cinco docentes», mas em 6% dos casos tinham mais de onze professores a fazê-lo, refere o documento.

Questionados sobre a existência de condições para acelerar a contratação de escola para permitir a selecção de candidatos de forma mais célere, todos os dias da semana, a maioria das direcções (55,5%) considera existir condições.

O inquérito mostra ainda que na segunda semana de aulas, a maioria das escolas (57,8%) já tinha todos os horários completos preenchidos, havendo outras 32,8% que ainda tinham entre um a três horários completos por preencher.

No que toca a horários incompletos, metade das escolas já não tinham nenhum por preencher e 42,2% tinham entre um a três horários incompletos.

Quatro em cada dez escolas têm falta de assistentes operacionais e de técnicos superiores (38,3%), segundo as respostas dadas pelos directores, que reconhecem haver menos falta de assistentes técnicos, já que 44,6% considera-a muito adequada e extremamente adequada.

O inquérito mostra que 76,6% das escolas não dispõe do número suficiente de técnicos superiores para tarefas administrativas de apoio aos alunos. E destes, 84,3% dos diretores diz não ter tido autorização para contratar esses técnicos.

A maioria das direcções (55,5%) considera que estão reunidas condições para acelerar a contratação de escola para permitir a selecção de candidatos de forma mais célere, todos os dias da semana.

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