Estes 12 cidadãos foram distinguidos pelos seus “actos nobres”

A iniciativa Nobre Casa de Cidadania (NCC) atribuiu o título de Cidadão Nobre a 12 pessoas que, com os seus gestos e acções, têm contribuído significativamente para o desenvolvimento da comunidade e de uma sociedade mais justa e solidária.

Os actos reconhecidos variaram desde intervenções em emergências socioeconómicas até iniciativas de voluntariado e apoio a famílias e comunidades afectadas pela guerra.

A Nobre Casa de Cidadania, projecto de responsabilidade social da Nobre que conta com mais de uma década de existência, deu o reconhecimento aos autores de Actos Nobres na 11ª Cerimónia de atribuição do título Cidadão Nobre 2024, que se realizou no passado dia 10 de Julho. Este projecto permite divulgar e promover as experiências marcantes de cidadãos anónimos com histórias de superação e altruísmo, de apoio constante ao próximo, sem esperar nada em troca.

Desde o início desta iniciativa, mais de 100 cidadãos já foram distinguidos com o Título de Cidadão Nobre. Este ano, foram reconhecidos 12 cidadãos com os seguintes Actos Nobres:

Pedro Bento, que percorreu 10 mil km de bicicleta, pela segunda vez, para angariar fundos para ajudar crianças de Almeirim, a sua terra natal, e do Nepal, após um terramoto devastador. Além da angariação de fundos, a sua dedicação sensibilizou toda a comunidade para a importância da solidariedade.

Joana Bacelar, que tem prestado apoio a diversas comunidades, coordenando inúmeros projectos e actividades através do Departamento Nacional dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável. É orgulhosamente escuteira e promove uma cultura de paz e sustentabilidade, tendo sido reconhecida pela Organização Mundial do Movimento Escutista com o prémio “Herói Mensageiros da Paz”.

Mafalda Castro é directora do Centro Social e Paroquial São Francisco de Paula (IPSS), tendo conseguido manter a instituição aberta durante uma severa crise financeira e logística, não abdicando do apoio contínuo a famílias, idosos isolados e pessoas em situação de sem-abrigo. A sua gestão eficaz e compaixão foram cruciais para a sobrevivência desta instituição.

Susana Lemos é presidente da Associação Turma Solidária e coordena a preparação e distribuição semanal de refeições para cidadãos em situação de sem-abrigo, em Cascais. Além disso, acompanha de perto vítimas de violência doméstica, ajudando-as no processo de separação e na procura de novas habitações, fornecendo equipamentos e suporte financeiro.

Miguel Dams, que criou a PT Aid, um grupo informal de ajuda humanitária à Ucrânia. Desde o início da guerra, já enviou mais de 500 toneladas de bens de primeira necessidade para diversas localidades ucranianas, permitindo assim um apoio essencial às populações afectadas.

Mónica Amorim, fundadora do Mercadão Solidário, organizou um sistema eficaz de recolha e entrega de bens a pessoas necessitadas. Esta iniciativa continua a beneficiar muitas famílias, melhorando significativamente as suas condições de vida.

Fernando Correia, que se dedica a recondicionar e recuperar equipamentos electrónicos, que depois doa a crianças e famílias carenciadas. Juntamente com a sua cadela Hoshi, oferece tecnologia, alegria e esperança aos que mais precisam.

Manuela Gomes, responsável pelo grupo informal “Pelos pobres e sem-abrigo de Coimbra”, tem ajudado consistentemente a população carenciada da cidade. Através da distribuição de bens alimentares e de primeira necessidade, o seu apoio colmata as necessidades básicas de diversas pessoas, contribuindo para uma vida mais digna.

 Tiago Marques, que reactivou juntamente com a irmã o Clube Desportivo de Penaverde, permitindo que cerca de 70 crianças pratiquem desporto nesta localidade do Município de Aguiar da Beira.

Cátia Silva, fundadora da Associação Supera_te, apoia mulheres em relações abusivas e vítimas de violência doméstica por todo o país, incluindo nas regiões autónomas. Através de parcerias com instituições públicas, nomeadamente a PSP, intervém na sensibilização e prevenção de situações de abuso, oferecendo um suporte vital às vítimas.

Bárbara Silva, que iniciou a sua acção com o apoio à população em situação de sem-abrigo no Porto, acabando por fundar a Associação Coração Na Rua, contando com mais de 200 voluntários. A Bárbara tem fornecido assistência essencial a muitas pessoas, promovendo a dignidade e a solidariedade.

Teresa Amorim, voluntária nas Oficinas de São José no Porto, apoia vítimas jovens de abuso parental e violência doméstica. Num gesto tocante, convidou todas as crianças da instituição para se sentarem à mesa no dia do seu casamento, exemplificando o seu compromisso com a inclusão e o amor ao próximo.

 

A Nobre Casa de Cidadania conta com o apoio de vários parceiros institucionais: Corpo Nacional de Escutas, Direcção-Geral da Educação, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, Fundação para a Ciência e Tecnologia, GRACE, INEM, Liga dos Bombeiros Portugueses, Polícia de Segurança Pública, Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, Confederação Portuguesa do Voluntariado, Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente e Estado-Maior General das Forças Armadas.

Além disso, conta também com três senadores institucionais que participam no projecto: Rosário Farmhouse, presidente na Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens, comandante José Coutinho Lucena, oficial da Marinha na Reserva e João Teixeira, dirigente do Corpo Nacional de Escutas.

Qualquer cidadão pode apresentar uma proposta de homenagem desde que o mesmo não seja o autor do acto partilhado, dado que só são consideradas válidas as propostas apresentadas por terceiros. Os actos podem ser apresentados através do preenchimento do formulário disponível aqui.

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