Estudo revela as principais dificuldades dos responsáveis de RH em Portugal

Em Portugal, as principais dificuldades encontradas pelos responsáveis de Recursos Humanos são a reacção e resolução de emergências (70%), a necessidade de lidar com pressões crescentes (68%) e a adaptação a mudanças regulares na estratégia (66%). Os dados são do estudo “Radioscopia aos departamentos de Recursos Humanos” do Grupo Cegos, representada em Portugal pela Cegoc.
Os profissionais de RH enfrentam grandes desafios estratégicos em termos de atracção e recrutamento de pessoal (55%), retenção de talentos (47%), apoio à transformação (37%) e desenvolvimento de competências (upskilling e requalificação), com 29%.
Estes profissionais antecipam um maior empenho nas questões de responsabilidade social empresarial (37%) e mudanças nas acções ligadas à dificuldade de atrair e reter talentos, mudanças nas práticas de trabalho e nas expectativas das novas gerações (36% ).
O estudo revela que a Inteligência Artificial (IA) padece ainda de entraves no interior das organizações, para 63% dos colaboradores, as equipas de RH apoiam desenvolvimentos tecnológicos, como a IA, a transformação digital dos empregos ou a digitalização da função de RH (média do estudo é de 68%).
Embora a integração da IA seja uma questão estratégica para 22% dos especialistas em RH, 44% não prevê integrar IA nas suas práticas de RH (valor mais elevado do estudo).
Em relação à Inclusão e Igualdade, 76% dos colaboradores considera desempenhar um papel no apoio ao desenvolvimento social (igualdade de género no local de trabalho, política de RH inclusiva, luta contra a discriminação…). A média do estudo global é de 81%.
O estudo mostra que na generalidade do estudo (a nível global), a qualidade de vida no trabalho (60% dos inquiridos de RH), o apoio ao desenvolvimento de profissões e competências (55%) e as questões de diversidade e inclusão (54%) têm um grande impacto no trabalho dos directores de RH.
Embora a experiência dos responsáveis de RH seja uma mais-valia, os números em Portugal são dos mais baixos no todo do estudo, 60% dos directores de RH estão na área de RH há mais de três anos e 12% têm mais de 10 anos de experiência, valores abaixo da média do estudo.
O mesmo estudo indica que 53% dos entrevistados afirmam trabalhar em RH há vários anos e 60% dos gestores de RH inquiridos planeiam estar no cargo dentro de cinco anos, um dos valores mais baixos do estudo.
O estudo foi realizado em Março de 2024 em nove países da Europa (França, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha, Reino Unido) e da América Latina (Brasil, México, Chile). Esta edição inquiriu 5052 colaboradores e 554 decisores de RH em organizações do sector privado e público com 50 ou mais colaboradores, sobre as questões e os desafios futuros em matéria de Recursos Humanos.