Falta de profissionais qualificados é um dos principais desafios que as empresas enfrentam neste sector

O gestor de desenvolvimento de negócio da Fortinet, Paulo Pinto, diz que o crescimento de ciberataques, a sua sofisticação e a falta de profissionais qualificados são alguns dos desafios que as empresas enfrentam em termos de cibersegurança.

 

Paulo Pinto é um dos oradores do Digital Operational Resilience Summit (DORS), organizado pela NOS, que decorre esta quinta-feira em Lisboa, onde os desafios da cibersegurança e da resiliência das tecnologias vão estar em destaque.

Entre os principais desafios que as empresas enfrentam, nomeadamente as de comunicações electrónicas, no âmbito da cibersegurança está o crescimento de ataques em número e impacto.

«As empresas com maiores superfícies de ataque estão a ser cada vez mais visadas por ataques que exploram vulnerabilidades em dispositivos IoT [Internet of Things, Internet das Coisas em português], enquanto vulnerabilidades antigas continuam a ser exploradas, o que exige uma política robusta de actualizações e correcções de segurança», aponta o ‘business developer manager’ da Fortinet.

Outro dos desafios é a sofisticação dos ataques cibernéticos, porque, especialmente os praticados por grupos de ameaças persistentes avançadas (APT), «têm-se tornado mais sofisticados». Estes grupos «concentram-se em comprometer infraestruturas críticas e roubar dados sensíveis, transformando organizações críticas em alvos estratégicos para espionagem e sabotagem».

Os ciberataques de ransomware são outro desafio, com o aumento dos ataques dirigidos a sectores críticos, incluindo o das comunicações, a revelar-se «uma preocupação crescente», sendo que estes «são frequentemente concebidos para interromper operações essenciais disrompendo o dia-a-dia da sociedade».

Por outro lado, aponta, há falta de profissionais qualificados na área da cibersegurança, o que dificulta a capacidade das empresas de responder de forma eficaz aos ataques e de manter uma postura de segurança proactiva.

Além disso, «o tempo médio entre a descoberta de uma nova vulnerabilidade e a sua exploração tem diminuído, o que exige que as empresas sejam mais ágeis na aplicação de patches de segurança», refere.

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