Falta de trabalhadores na China
Os 1,3 mil milhões de chineses já não são suficientes para trabalhar na indústria, no país que é conhecido como “a fábrica mundial”. O impacto do aumento dos custos das exportações chinesas vão sentir-se em todo o mundo, avança a revista brasileira Exame.
Shaoxing, cidade com 4 milhões de habitantes e 20 mil fábricas, é o maior centro da indústria têxtil chinesa e o exemplo do que se passa por todo o país. O seu desenvolvimento começou há 20 anos com base em pessoas que trabalhavam 14 horas por dia, em condições precárias, com salários muito baixos. Hoje, os salários aumentaram 25% – e segundo um relatório do Credit Suisse vão subir mais 30% até 2017 -, os trabalhadores exigem melhores condições e muitos optam por outros trabalhos.
Em consequência, não há trabalhadores suficientes e, a par do aumento dos custos de produção, as fábricas não têm capacidade para sobreviver com as suas apertadas margens de lucro. A fábrica de etiquetas de Sun Jian Gang, ouvida pela revista brasileira Exame, não consegue repor a equipa e vai fechar portas.
De acordo com um estudo da Boston Consulting Group, em 2015 deixará de ser vantajoso, para as multinacionais, apostar na China. Outros países se perfilam para a substituir nesse papel.
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