Governo concorda com avaliação da maioria dos Portugueses sobre imigração

O ministro da Presidência afirmou que o Governo concorda com a apreciação dos portugueses manifestada num barómetro sobre as políticas de imigração que estavam a ser implementadas em Portugal.

 

«Eu creio que o juízo que os portugueses revelaram sobre o que tinham sido as políticas públicas de imigração é uma avaliação com a qual nós concordamos», afirmou António Leitão Amaro em conferência de imprensa, após o Conselho de Ministros.

O governante reagia ao inquérito da Fundação Francisco Manuel dos Santos divulgado esta quarta-feira e que concluiu que cerca de dois terços dos portugueses querem menos imigrantes provenientes do subcontinente indiano, consideram a política de imigração demasiado permissiva e acusam os imigrantes de contribuírem para mais criminalidade, embora os considerem importantes para a economia.

«Os portugueses tinham toda a razão em relação ao regime que vigorou até este verão e até este Governo funcionar», salientou António Leitão Amaro, referindo-se à manifestação de interesse que vigorava no país e que foi extinta pelo actual executivo.

Além desta política de «porta escancarada», Leitão Amaro defendeu que também «há sintonia» na necessidade de reforçar a fiscalização e controlo, depois de ter sido extinto o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Segundo o barómetro da imigração, 68% dos inquiridos consideram que a «política de imigração em vigor em Portugal é demasiado permissiva em relação à entrada de imigrantes», 67,4% dizem que contribuem para mais criminalidade e 68,9% consideram que ajudam a manter salários baixos.

Ao mesmo tempo, 68% concordam que os imigrantes «são fundamentais para a economia nacional».

Este barómetro avaliou, pela primeira vez, o sentimento dos portugueses em relação aos provenientes da Índia, Nepal e Bangladesh (que representam apenas 9% do total de imigrantes), verificando-se que 63% quer uma diminuição, o que não sucede com mais nenhum grupo.

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