Há mais centros de Serviços Partilhados em Portugal. E um turnover cada vez maior
Há um crescente interesse por parte de grupos multinacionais em implementarem os seus Centros de Serviços Partilhados, em Portugal, seja pelo facto de haver profissionais qualificados com diversas valências técnicas, assim como o facto de o nível salarial ser ainda atractivo para os empregadores. Quem o diz é o Guia do Mercado Laboral 2020 da Hays.
Por outro lado, o crescente número destes Centros em Portugal tem aumentado o turnover dentro das empresas e os salários poderão vir a aumentar para fazer frente face às dificuldades de retenção de talento. Assim, é cada vez mais crucial para estes Centros a criação de estratégias de atracção e retenção de talentos.
Ainda, a necessidade de recrutamento de perfis com idiomas menos comuns, como o Holandês e Alemão, por vezes, contribuem para que os Centros de Serviços Partilhados tenham de aumentar os níveis salariais.
Ao analisar os dados do inquérito dos profissionais deste sector verificou-se que 67% não negociaram o pacote salarial, 34% foram aumentados, 51% recusaram ofertas de emprego e 10% foram promovidos, em 2019.
Perspectivas para 2020
Em 2020, perspectiva-se a continuação da entrada de novos Centros em Portugal. Quanto às funções que irão movimentar o sector este ano são os cargos de Accounts payable, Accounts receivable, Customer representative, General ledger, HR manager, Team leader e técnico de Tesouraria.
Perfis mais solicitados e os mais difíceis de identificar
Em 2019, houve uma necessidade de investimento e retenção no recrutamento para o sector de Business Services Center para perfis de General ledger/Record to Report, Accounts receivable/ Order to Cash, Accounts payable/procure to Pay e Customer representative.
O que mais valorizam e que benefícios desejam?
No que respeita às principais mais-valias na escolha de um trabalho os inquiridos, valorizam a oferta salarial (89%), o bom ambiente de trabalho (79%), plano de carreira (71%), cultura empresarial (57%) e qualidade de projectos (53%).
Entre os benefícios que mais desejam, encontram-se o seguro de saúde (85%), a flexibilidade de horários (70%), a possibilidade de trabalhar a partir de casa (68%), a formação/certificações (63%) e dias de férias extra (40%).