Há mais empresas a fechar. Insolvências aumentaram 12% até Setembro
As insolvências registaram um acréscimo de 12% nos primeiros nove meses do ano, face ao mesmo período do ano transato. O terceiro trimestre do ano fechou com um total de 2.891 insolvências, mais 306 que em 2023, de acordo com dados da Iberinform.
Apenas no mês de Setembro foram registadas 410 insolvências, valor que traduz um aumento de 7% face ao mês homólogo de 2023.
No acumulado do ano, as declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas ascendem já a 466, mais 229 que no ano passado, o que traduz um aumento de 49% face a 2023. As declarações de insolvência requeridas por terceiros também registam um incremento de 41%, evoluindo de 437 em 2023 para 617 em 2024.
Os dados da Iberinform mostram que os encerramentos com plano de insolvência apresentam um aumento de 43% ao longo deste ano, com um total de 40 acções face às 28 registadas há um ano. Até final de Setembro foi declarada a insolvência (encerramento de processos) de 1539 empresas, menos 92 encerramentos que no mesmo período do ano passado.
Lisboa e Porto são os distritos com o valor de insolvências mais elevado, 547 e 545, respectivamente. Em relação a 2023, verifica-se um decréscimo de mais de 9% em Lisboa e de praticamente 4% no Porto. Com decréscimos destacam-se, ainda, os seguintes distritos: Horta (-60%); Leiria (-33%); Madeira (-29%); Aveiro (-18%); Faro (-17%); Setúbal (-12%); Coimbra (-2,5%) e Viseu (-2%).
Com incrementos significativos nas insolvências destacam-se os seguintes distritos: Portalegre que evoluiu de um total de 13 insolvências em 2023 para 140 em 2024 (+977%); Bragança que evoluiu de 12 para 105 (+775%); Beja com uma evolução de 16 para 64 (+300%); Santarém (+219%); Angra do Heroísmo (+170%); Évora (+105%); Guarda (+82%); Vila Real (+59%); Ponta Delgada (+42%); Castelo Banco (+37%); Viana do Castelo (+30%) e Braga (+2%);
Até final de Setembro, os sectores de actividade que apresentam maiores crescimentos nas insolvências são: Electricidade, Gás, Água (+80%); Indústria Transformadora (+31%) e Indústria Extrativa (+17%).
Apenas o sector da Agricultura, Caça e Pesca regista um decréscimo nas insolvências face a 2023 (-2%), enquanto no sector das Telecomunicações a variação é nula.
As constituições diminuíram 16% no mês de Setembro, passando de 4111 em 2023, para 3.455 novas empresas em 2024 (menos 656 constituições). Em termos acumulados, verifica-se igualmente um decréscimo, embora menos acentuado, de menos 2%, com um total de 38.641 novas empresas registadas até final do terceiro trimestre de 2024.
Lisboa apresenta o número de constituições mais significativo, 12.145 novas empresas, menos 9% face a 2023. O distrito do Porto ocupa a segunda posição em valores absolutos, com 6583 constituições, menos 115 novas empresas constituídas (-2%). Com variação negativa evidenciam-se, ainda, os seguintes distritos: Beja (-13%); Vila Real (-9%); Portalegre (-7%); Setúbal (-4,5%); Santarém (-4%) e Coimbra (-3%).
Com variações positivas nas constituições destacam-se os distritos de: Horta (+53%); Angra do Heroísmo (+25%); Viana do Castelo (+21%); Madeira (17%); Guarda e Bragança (ambas com variação de 16% face a 2023) e Évora (14%).
Até final do terceiro trimestre de 2024, os setores que apresentam uma variação positiva na constituição de novas empresas são: Telecomunicações (+48%); Indústria Extrativa (+21%) e Construção e Obras Públicas (+8,5%).
Com variação negativa evidenciam-se os sectores dos Transportes (-24%), da Electricidade, Gás, Água (-16%), Comércio por Grosso (-9,5%) e Agricultura, Caça e Pesca (-5%).