Quantos jovens portugueses não estudam nem trabalham?
Em Portugal, 10% dos jovens está nesta situação. Os dados são revelados pelo programa europeu Garantia Jovem. A baixa qualificação aumenta, em cerca de três vezes, a probabilidade de ficar nesta situação.
Em Portugal, os chamados NEET (do inglês, not in education, employment, or training – não estão a estudar, nem a trabalhar nem em formação), são já mais de 160 mil, dos quais 50,2% são do género feminino e 49,8% ao masculino. No que diz respeito à idade, 45% tem idades compreendidas entre os 20 e os 24 anos, 41% entre os 19 e 25 anos, pertencendo os restantes 14% a outras faixas etárias.
Sabe-se também que 41% destes jovens têm apenas o 9.º ano de escolaridade e 42% completaram o 12.º. Apenas 17% correspondem às outras posições académicas possíveis. Quanto a métodos de procura de emprego, 59% estão inscritos no serviço público de emprego, enquanto que 41% não estão.
Estes dados foram debatidos ontem, dia 19 de Junho, no Instituto de Ciências Sociais numa iniciativa promovida pelo IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional), com o objectivo de apresentar as aprendizagens e desafios do programa Garantia Jovem, em Portugal e na Europa, bem como promover um debate em torno do tema empregabilidade jovem e do papel que as diferentes organizações podem ter.
O evento assumiu, também, o encerramento institucional do projecto “Make the Future… Today!”, que procurou entre Janeiro de 2017 e Junho de 2018 acelerar o acesso à Garantia Jovem em Portugal com um maior número de registados no sistema, com a partilha das actividades desenvolvidas e aprendizagens de futuro, numa visão pós projecto.
Pelo painel de oradores passaram Paulo Feliciano (IEFP), Cristina Carita (Fórum Estudante), Lia Pappámikail (ICS), Vitor Moura Pinheiro (IEFP), Diana Dias (jovem apoiada pela Garantia Jovem), Raquel Santos (Fertagus), Olga Fernandes (Associação ANIMAR) e Ana Rocha (Gabinete de Emprego e Inserção do Município de Cabeceiras de Basto).
A iniciativa coordenada pelo IEFP e apoiada pela Comissão Europeia, desafia os jovens entre os 15 e os 29 anos a tomarem uma atitude proactiva pelo seu futuro, consciencializando-os para a importância de aproveitarem as oportunidades que o IEFP disponibiliza para aumentarem a sua formação, qualificação e experiência profissional.
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