Julia Denzel, Tabaqueira/PMI Portugal: «Preocupamo-nos, somos melhores juntos e somos game changers.»

A Tabaqueira assume como missão a vontade de “Fazer História”, não como um acto único, mas como uma viagem, na qual quer que todos embarquem. Acreditando que são melhores em conjunto, para cumprir uma visão orientada para a inovação e a mudança. Uma visão que tem as pessoas no centro, e as evidências são muitas. E são essas mesmas pessoas «a melhor parte de trabalhar na Tabaqueira», afirma Julia Denzel.

Por Ana Leonor Martins | Fotos Nuno Carrancho

Foi na Alemanha que Julia Denzel fez todo o seu percurso na Philip Morris International (PMI), até que, em Março de 2023, abraçou o desafio de vir liderar a área de Pessoas e Cultura na PMI em Portugal, ou seja, na Tabaqueira. E a adaptação foi fácil, a nível profissional e também pessoal, ou não fosse o clima cá «muito melhor », brincou. Mas onde verdadeiramente se nota paixão nas palavras de Julia é quando fala da empresa onde trabalha: magnífica, apaixonante, acolhedora, talentosa, saudável e diversificada são alguns dos adjectivos que usa. E quando se pede para identificar o que justifica esta motivação, há já mais de 10 anos, destaca dois motivos: as pessoas e as oportunidades de aprendizagem.

Assumiu a liderança da Gestão de Pessoas na Tabaqueira há cerca de um ano. A realidade que conhecia era a alemã. Como viu esta oportunidade?
Um dos maiores valores da PMI é precisamente a ampla possibilidade de oportunidades de desenvolvimento, nomeadamente internacionais. Considero-me sortuda porque é, de facto, outra realidade, o que significa muito crescimento pessoal e profissional. Além disso, Portugal é um dos mercados mais bem-sucedidos, cativantes e interessantes da PMI. E – sejamos honestos – o clima é muito melhor do que na Alemanha.

A adaptação ao clima foi fácil, então… E a cultura empresarial? Notou diferenças no mercado de trabalho em geral?
A nossa magnífica, apaixonante e acolhedora organização facilitou a minha chegada. A cultura organizacional é, claro, semelhante, e, com mais de 40 nacionalidades na Tabaqueira, a experiência de quem chega de outros países favorece a nossa integração pessoal. Além do apoio da empresa na mudança.

Mas, naturalmente, há algumas especificidades do país, por exemplo, em termos de processo ou relações de trabalho.

O que definiu como prioridades de actuação, para atingir que objectivos, a curto/ médio prazo?
As nossas prioridades têm a ver sobretudo com a gestão de talentos, a manifestação da nossa cultura com um sentido inclusivo de pertença e o desenvolvimento da nossa organização e das pessoas para o futuro.

Por exemplo, é importante garantir a diversidade, mas fazendo a inclusão correctamente. Para isso, confiamos e trabalhamos em estreita colaboração com os nossos Employee Resource Groups (ERG), que são grupos de trabalhadores dedicados à integração em temas específicos, como o Parents, com foco na parentalidade; o Stripes, centrado na temática LGBTQI+; ou o WIN – Women’s Inspiration Network. Já para garantir e melhorar o desenvolvimento orientado de cada pessoa, disponibilizamos um amplo portefólio de opções para o efeito. Para nós, feedback regular e conversas sobre a carreira são importantes e estão integrados nos nossos processos.

O planeamento avançado, num ambiente de transformação, é crucial para garantir a melhoria contínua. As nossas pessoas estão no centro do sucesso do negócio. E a Tabaqueira está com certeza a escrever uma história de sucesso.

Quais considera serem os temas de Gestão de Pessoas mais prementes, não só na Tabaqueira, mas nas empresas em geral?
O desafio que não pode ser descurado é garantir a saúde mental das nossas pessoas, de forma consistente. O tema, felizmente, evoluiu muito, a sociedade começou a lidar com ele de forma muito mais aberta. Ao mesmo tempo, percebeu- -se que não há apenas uma causa raiz ou uma solução para todos. Por isso, os nossos programas de assistência, o seguro de saúde e os serviços médicos cobrem também apoio psicológico. Temos também Campeões de Bem-Estar entre os nossos trabalhadores, nas diversas áreas e departamentos. É, sem dúvida, uma das nossas prioridades e próxima do ADN da PMI.

Quantas pessoas tem actualmente a Tabaqueira e quais os perfis que mais procuram?
A Tabaqueira conta com cerca de 1500 pessoas, com a singularidade de termos um IT Hub que presta serviços globalmente, para diversos mercados, bem como uma fábrica. Este mosaico oferece uma grande amplitude de diversidade e oportunidades, também para um plano de carreira com futuro.

Estamos a contratar nas áreas de Tecnologias da Informação (TI), Operações, Finanças e Comercial. O foco recente tem sido a construção do hub de Engenharia, que é actualmente o segundo maior da PMI a nível global, com mais de 200 engenheiros.

Têm dificuldade em encontrar esses perfis?
Felizmente, temos sido capazes de trazer talentos para essas funções, devido ao atractivo conjunto de benefícios, desde um interessante pack de remuneração, complementado por benefícios adicionais, às formas flexíveis de trabalhar.

E manter as pessoas na empresa, é um desafio acrescido? É mais fácil atrair?
Em geral, a ter de escolher, acho que a retenção tende a ser um pouco mais difícil, porque há evidentemente competição por talento e, olhando para as tendências da sociedade, acho que as pessoas se tornaram mais flexíveis no que toca a mudar de empregador.

Mas, na Tabaqueira, temos uma média de permanência elevada e não enfrentamos desafios reais em nenhuma destas situações, com excepção de áreas muito específicas, ocasionalmente. Isto é uma demonstração da proposta de valor da Tabaqueira para as nossas pessoas
e potenciais candidatos.

Leia a entrevista na íntegra na edição de Abril (nº. 160) da Human Resources, nas bancas.

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