LI-DE-RE: Liderança, desenvolvimento, resultados
Enquanto líder da sua empresa, das suas acções e da sua vida, precisa decidir, a cada dia e a cada hora, como se superar. É o que o mundo dos negócios nos exige, superação e crescimento constante.
Por Marcelo Ortega, palestrante internacional, autor de Sucesso em Vendas
Liderar é a arte de adquirir a confiança de um grupo e se tornar responsável por mobilizar, preparar, tomar decisões e obter resultados. Sem desenvolvimento constante, as equipas ficam estagnadas, paradas e perdem o brilho, a motivação e o ritmo certo para o trabalho render mais. Não existe o certo e o errado. Sempre digo que o principal é o resultado. Se ele é positivo, irá aproximá-lo dos seus objectivos, caso contrário, irá afastá-lo.
Conhece alguma empresa que planeia diminuir suas vendas no ano seguinte? Ou já ouviu falar de alguém que pretenda reduzir o seu salário por que está a ganhar muito? Se queremos sempre mais, temos que fazer sempre mais. Os líderes devem reflectir onde estão os limites da sobrecarga de trabalho que o crescimento exige. No entanto, o pensamento limitante não pode ser aceite, derivado de comodismo e falta de atitude, como se vê no mundo empresarial: factos como, 20% de uma equipa faz 80% do resultado (lei 80/20), ou ainda muita gente a pensar e agir mediocremente, argumentando não ser pago para fazer mais pela sua empresa.
É imprescindível gostar do que se faz, ou fazer aquilo que nos dá prazer, pois sem isso, o trabalho faz jus a origem da palavra: vem do vocábulo latino “tripaliu”, denominação de um instrumento de tortura formado por três )tri) paus (paliu).
O título deste artigo – o acróstico LI.DE.RE– resume aquilo que considero primordial para obter sucesso com inteligência: liderança, desenvolvimento e resultados.
Os meus livros «Sucesso em Vendas» e «Inteligência em Vendas» espelham o meu interesse no crescimento das empresas, e das pessoas. Como vendedor, sempre fui obstinado pelo resultado, como todos que vivem a pressão de vencer a luta diária dos nãos, do atingir metas, de defender sua sobrevivência e crescer. Acordar desempregado todos os dias não é fácil, mas é assim que um vendedor se sente. Não temos sonhos, mas metas, e isso determina que vencer um determinado momento não basta. A meta do mês passado não pode servir de alento para o mês seguinte.
Quando vivemos de vender, aprendemos que tudo é importante, cada detalhe, cada oportunidade. Na vida é assim também, especialmente quando assumimos o desafio de liderar outras pessoas. Liderar sem regras não é liderar, é fingir que o faz. Um líder define prazos, cria metas com a equipa e ajuda-a a atingi-las. Mas todos sabem que existe um tempo para isso, e riscos. Afinal a empresa depende disso.
Desenvolver sem reconhecer não dá o significado que todo o ser humano precisa: ter causas para repetir, como por exemplo, ao elogiar alguém em público, estamos a praticar uma das mais valiosas ferramentas de liderança, pois o elogiado sente-se na obrigação de repetir aquilo que fez, tem valor para ele. Quando treinamos alguém e não monitoramos, e reconhecemos avanços, estamos dizendo que o treinamento não teve tanto valor, ou ainda, é como um pai que paga os melhores colégios para seu filho e, portanto, quer as melhores notas.
Não adianta ser competente se não se tiver resultados e há muita gente que vive da média, de ser mediano. E ainda líderes que nada fazem para mudar isso! Médio faz-me lembrar medíocre, e faz com que se perpetue na empresa a lei de arranjar desculpas, de explicar, de culpar os outros e de fazer só o que se é pago para fazer.
Mudança, como liderança, é o que realmente faz de si e de sua equipa, um sucesso.
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