Lisboa, Porto e Braga com mais centros de serviços partilhados
De acordo com o estudo sobre Centros Partilhados em Portugal – Shared Services | A Real Estate Approach, Lisboa, Porto e Braga são as cidades portuguesas com maior número de centros de serviços partilhados.
Os resultados, apresentados pela Savills Aguirre Newman ontem, dia 5 de Abril, no Hotel Intercontinental em Lisboa, procuraram revelar os comportamentos, dinâmicas e tendências imobiliárias no sector.
Segundo o estudo, é possível observar que as principais vantagens dos Centros de Serviços Partilhados são a redução de custos, aumento da produtividade, melhoria da qualidade dos serviços e crescimento da empresa.
Além destas vantagens, vários factores como a falta de barreiras geográficas, a melhoria de capacidades linguísticas dos colaboradores, a optimização de custos e a personalização, facilitam e permitem actualmente a instalação de centros de serviços partilhados em diversos países.
Os factores que tornam Portugal uma escolha é a qualidade dos Recursos Humanos (o país tem mais de 73 mil diplomados por ano, com cerca de 4,1% dos estudantes com conhecimentos de duas ou mais línguas), a localização geográfica, a acessibilidade (redes ferroviárias e rodoviárias) a estabilidade social e o sector imobiliário atractivo.
Lisboa é a cidade portuguesa com maior número de centros de serviços partilhados actualmente, identificando-se mais de 20 centros na cidade, seguida do Porto com mais de 10 e Braga com mais de 5. Portugal destaca-se da Irlanda, Republica Checa e Polónia, que tradicionalmente são países atractivos nesta área.
A importância dos projectos regionais
O estudo refere ainda o papel fundamental que cada região tem tido na sua promoção, através de abordagens que concedem aconselhamento/acolhimento de projectos, apoio às empresas e incentivos, fundos comunitários, apoios à contratação, redução de IMI, entre outros, por meio de programas como o Invest Lisboa, Invest Porto, Invest Braga, Choose Coimbra e Famalicão Made In.
No evento destacou-se ainda o interesse demonstrado por outras cidades, como o Fundão, Setúbal e Figueira da Foz, por apresentarem pólos universitários que permitem a atracção de talento por um lado e custos relativamente mais baixos face aos grandes centros urbanos, por outro.
A região Centro e Alentejo de Portugal são vistas como as novas zonas a explorar, por apresentarem taxas de desemprego jovem (com idade inferior a 25 anos) de 12,4% e 13,9%, respectivamente.
Características de um bom centro partilhado
Quanto a principais requisitos, as empresas procuram sobretudo edifícios centrais, visíveis, com boa proximidade a serviços e acessos a transportes públicos. A crescente procura de espaços e a limitação da oferta, segundo o estudo, tem conduzido igualmente à reabilitação de edifícios e à consequente valorização de determinadas zonas das cidades.
No que concerne ao interior dos escritórios, o estudo esclarece ainda que os open spaces, salas de reunião, copa, áreas técnicas, lugares de estacionamentos, espaços de convívio, facility managements, phone booths, think tanks, cantina e capacidade de expansão são nomeados como os principais requisitos que valorizam um edifício, bem como o conforto e bem-estar dos colaboradores.
Ao nível do design dos escritórios, procuram-se características que permitam uma maior mobilidade dos colaboradores, assim como o aumento de espaços que tragam valor acrescentado para o trabalho e permitam maior flexibilidade e dinâmica. Reinventar os espaços é uma prioridade, de forma a tornar o local de trabalho especial e que contribua para o aumento de desempenho dos colaboradores.
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