Maioria das empresas não alteraram práticas compensatórias apesar da crise

Maioria das empresas não alteraram práticas compensatórias apesar da criseMais de metade das PME portuguesas (57,8%) não alteraram as suas práticas de compensações e benefícios para com os colaboradores. Esta foi uma das conclusões de um estudo feito pela Fórmula do Talento – Gestão de Recursos Humanos, empresa especializada em PME, junto de 200 empresas de pequena e média dimensão.

O inquérito revela que a crise está a ter impacto em 99% das PME inquiridas, que estão muito preocupadas com a redução do consumo, a falta ou atrasos de pagamento por parte dos clientes, a instabilidade reguladora dos sectores, a morosidade da Justiça e a redução ou ausência do investimento de empresas públicas e privadas.

Na maioria das empresas (54,4%) inquiridas entre Janeiro e Fevereiro houve reestruturações no último ano, entre as quais diminuição do número de colaboradores (seja através do despedimento ou da não renovação de contratos, seja via eliminação/criação de departamentos, transferências de pessoas entre departamentos ou para empresas do mesmo grupo).

Na forma como se recruta, 59,3% das PME dizem não ter havido qualquer alteração. Entre as que responderam que existiram alterações (40,7%), algumas indicaram que o recrutamento passou a realizar-se pela própria empresa.

Na área da retenção de pessoas, a medida mais utilizada pelas empresas é a oportunidade de carreira (39,7%) e a menos utilizada são os ajustes salariais (11,3%). A maioria dos inquiridos que respondeu “outras medidas” pretenderam indicar que não têm quaisquer medidas para reter pessoas, justificando-se que as pessoas neste momento não se despedem já que não existem muitas alternativas de trabalho noutras empresas.

No que concerne à área da formação para os colaboradores, para 59,4% das PME não existiram alterações. Entre os que responderam que existiram alterações (40,6%), denota-se a tendência para o cancelamento ou redução do número de acções de formação e horas de formação, recorrendo cada vez mais à formação interna e financiada.

 

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