Mais de 40% dos trabalhadores destes países já não trabalham a partir de casa. É um novo recorde desde 2020

A 4.ª edição do estudo Commuter Census® registou um novo recorde de profissionais Reino Unido que não trabalham a partir de casa, com o modelo híbrido a dominar após 2020.

 

Quatro em cada dez pessoas já não trabalham a partir de casa, apesar de apenas 15% dos trabalhadores preferirem este regime de trabalho. A preferência dos profissionais é um modelo híbrido de trabalho em casa e no escritório; sendo que 63% dos 10 325 entrevistados gostariam de trabalhar em casa entre uma e quatro vezes por semana.

Os resultados mostram uma necessidade crescente de deslocações sustentáveis ​​à medida que mais pessoas regressam ao escritório. A Mobilityways – tecnológica climática que agrega informação do Commuter Census – determinou que o trabalhador médio emite 849 kg de CO2 com deslocações para o trabalho todos os anos.

 

 

Este número não sofreu grandes reduções comparativamente a 2022, apesar de ter havido uma diminuição de 17% no número de passageiros que viajam para o trabalho sozinhos num carro a gasolina ou diesel, e de um aumento do uso de transportes mais sustentáveis. No entanto, agora as pessoas deslocam-se para trabalhar com muito mais frequência em comparação com 2022, o que está a aumentar as emissões.

O Commuter Census 2024 revela que mais de metade dos passageiros entrevistados gostariam de receber mais apoio dos seus empregadores na descarbonização das deslocações diárias. Isso significa que a responsabilidade recai agora sobre as grandes organizações tornarem as deslocações diárias o mais sustentáveis possível – para o planeta, para os bolsos dos colaboradores e para os seus objectivos de redução de emissões de carbono. Recorde-se que o reporte de emissões de scope 3 poderá vir a tornar-se um requisito legal em breve, ao abrigo dos novos planos do governo trabalhista.

«A responsabilidade recai agora sobre o empregador de tornar viável aos trabalhadores a redução das emissões das deslocações. Se o fizerem, a oportunidade de reduzir as emissões de scope 3 será enorme, especialmente nas grandes organizações», revela Julie Furnell, directora administrativa da Mobilityways.

«Dos restantes 50% dos entrevistados que disseram não precisar de apoios para se deslocarem de forma mais sustentável, é possível que muitos já o estejam a fazer. Observámos uma grande diminuição de 42% nos trabalhadores que considerariam trabalhar a partir de casa em alternativa ao seu actual modo de transporte em comparação com o ano passado (26%). Isto significa que os empregadores devem disponibilizar novas formas de levar a sua força de trabalho ao escritório de forma sustentável e reduzir as suas emissões de carbono.»

O Commuter Census 2024 também descobriu que apenas 38% dos entrevistados se deslocam para o trabalho em veículos a gasolina ou diesel. É a primeira vez que este número se situa abaixo dos 40%, com uma diminuição de 17% na utilização de automóveis a gasolina ou diesel desde 2022.

Revelou ainda que 15% dos trabalhadores agora viajam de boleia para o trabalho, o que representa um regresso aos níveis pré-pandemia. Entretanto, seis em cada dez pessoas considerariam carpooling ou a partilha de boleias num veículo eléctrico em alternativa à deslocação actual.

 

Ler Mais