Mais de 96% dos portugueses apostaram na formação em 2020
Segundo o estudo “Como será o desenvolvimento das competências profissionais em 2021?” da Rumos em colaboração com a Flag e a Galileu, 96,3% dos portugueses inquiridos afirmam ter realizado formação o ano passado.
Apesar da mais-valia que a formação apresenta tanto para o negócio, como para os colaboradores, ainda é difícil para os gestores e responsáveis de Learning and Development (L&D) delinear e implementar planos de formação eficazes. Esta dificuldade deve-se sobretudo à falta de tempo (61% dos L&Ds1 e 47% dos profissionais de IT3 afirmam que a carga de trabalho diário não permite ter disponibilidade para a participar em ações de formação) e a restrições de budget (cerca de 40% dos entrevistados, referem restrições de budget como um obstáculo à formação).
No entanto, para 2021, em Portugal, 30% dos inquiridos afirmaram que vão aumentar o seu investimento em formação.
Com a elaboração deste estudo, foi também possível identificar que o Plano de Formação das empresas é elaborado, maioritariamente (57%), com base na realização prévia de um levantamento de necessidades de formação, tanto por sugestão das chefias (48%) como dos próprios colaboradores (45%).
Entre as principais prioridades reportadas pelas empresas portuguesas para o ano de 2021 destacam-se as áreas tecnológicas de Programação, Big Data, Redes e Sistemas, as relacionadas com Cloud Computing e, sobretudo, o desenvolvimento de competências em Cibersegurança. No campo das competências empresariais, denota-se uma maior preocupação nas áreas de Gestão, Marketing e Comunicação.
Quanto à experiência formativa, a pandemia obrigou a novas formas de responder à necessidade de distanciamento social e permitir a continuidade do desenvolvimento de competências dos profissionais. A formação não presencial, até aqui utilizada maioritariamente para situações especiais, tornou-se a norma e essa parece ser a tendência para o futuro.
Neste estudo foi possível apurar que apenas 10% dos inquiridos pretende realizar formações presenciais em 2021 e apenas 3% pretende optar exclusivamente pelo formato presencial, crescendo a preferência por formatos híbridos (de formação síncrona e assíncrona).
Os profissionais inquiridos destacam ainda, como aspectos positivos da experiência de formação online, a flexibilidade horária e melhor gestão do tempo (47%), a ausência de deslocações (26%), o acesso a uma maior diversidade de temas e disponibilidade de conteúdos (24%), a flexibilidade geográfica (18%) e a comodidade (14%).
Além destes dados, e no que diz respeito à Rumos, foi possível apurar que, em 2020, 76% dos formandos realizaram formação online, um crescimento exponencial face aos 5% registados em 2019. A análise dos inquéritos pós-formação revela também que a satisfação geral dos formandos Rumos com a formação online síncrona (Live Training) é alta, e sem diferenças significativas em relação à formação presencial, confirmando assim que o futuro da formação passa pela continuidade deste formato.